Rui Costa voltou hoje
a tentar o que definiu como objetivo para a Volta a França em bicicleta e de
novo não conseguiu a vitória, numa fuga anulada a cerca de quatro quilómetros
da meta, em Berna.
Nesta 'visita' à
capital da Suíça, a chegada foi decidida com um 'sprint' milimétrico, entre o
eslovaco Peter Sagan (Tinkoff), que venceu, e um dos seus grandes rivais pela
camisola verde, o norueguês Alexander Kristoff (Katusha). Completou o pódio do
dia outro norueguês, Sondre Holst Enger (IAM Cycling).
A vitória da longa
etapa de 209 quilómetros entre Moirans-en-Montagne e Berna acabou por ter um
'sprint' não percetível a olho nu, pelo que foi necessário ver o 'photo-finish'
para se determinar que o triunfo era mesmo do atual campeão do mundo, que assim
soma a terceira vitória em tiradas nesta edição do Tour.
O primeiro grupo
chegou com 59 unidades, entre os quais o camisola amarela, o britânico Chris
Froome (Sky) e os seus perseguidores diretos na geral, como o holandês Bauke
Mollema (Trek-Segafredo), que está a 1.47, e o também britânico Adam Yates
(Orica-BikeExchange), a 2.45, respetivamente segundo e terceiro.
Sem pretensões a um
bom lugar na classificação final, o português Rui Costa, que corre pela Lampre,
definiu antes do Tour que ia tentar ganhar uma etapa e já o tentou fazer na nona
etapa, em Andorra, em que foi segundo atrás do holandês Tom Dumoulin
(Giant-Alpecin).
Bastante atrasaso na
geral - começou o dia em 60.º -, chegou a dar a sensação de que hoje era o seu
dia: atacou forte a 21 quilómetros de Berna e, num ápice, chegou aos 15
segundos de avanço, em plena autoestrada suíça.
Só que a vantagem não
aumentou e também ninguém teve 'autorização' para se lhe juntar na fuga,
controlada a distância curta pelas equipas de Coquard e Cavendish,
respetivamente a Direct Energie e a Dimension Data.
A BMC, que sempre
aposta no 'sprint' para Van Avermaet, também tomou conta da 'caça' ao ciclista
luso, que ainda segurava um avanço de 12 segundos a oito quilómetros da meta,
para finalmente ser absorvido, já na entrada para a capital suíça.
Depois, numa parte
final de etapa muito técnica, com curvas, passagens por linhas de comboio e uma
ligeira descida para a meta, as habituais equipas de 'sprinters', com a Katusha
e a IAM Cycling muito ativas, tentaram colocar o melhor possível os seus 'ases',
num final em que Sagan foi o mais 'afortunado'.
Na véspera do segundo
dia de descanso, Froome resguardou-se bem no meio do pelotão e a sua liderança
nunca esteve minimamente em causa. Chegou em 14.º, com as mesmas 4:26.02 horas
de Sagan. Também neste grupo de quase seis dezenas chegaram, entre outros,
Mollema e Yates, que vão completando o pódio provisório, e todos os elementos
que já estavam no 'top 10'.
Rui Costa pagou o
esforço com a perda de algum tempo, já que só entrou em 119.º, num grupo em que
também vinha Nélson Oliveira (Movistar), 129.º, com um atraso de 2.54 para o
vencedor.
Os dois portugueses
que este ano correm a 'Grande Boucle' mantiveram as posições na tabela geral,
só que se atrasando um pouco mais: Rui Costa é 60.º, a 1:36.12, e Nélson Oliveira
o 84.º, a 2:01.44.
Na terça-feira cumpre-se o segundo dia de descanso da corrida, que vai ser
retomada na quarta-feira, com os 184 quilómetros da 17.ª etapa, entre Berna e a
contagem de montanha de categoria especial em Finhaut-Emosson.
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