A 85.ª edição está na estrada até 4 de agosto
Por Lusa
Foto: Lusa
O campeão nacional de fundo
sub-23, Noah Campos (Gi Group Holding-Simoldes-UDO), e João Martins (Rádio
Popular-Paredes-Boavista), entre a estrada e a pista, são dois 'caloiros' na
85.ª Volta a Portugal, procurando espaço e afirmação.
Aos 19 anos, Noah Campos já
sentiria como "um feito bastante grande" conseguir terminar a corrida
de proa do calendário velocipédico português, "tendo em conta o nível da
corrida e dos ciclistas".
Em entrevista à Lusa, o jovem
natural de Loulé começou a pedalar aos quatro anos, no BTT, formando-se no BTT
Terra de Loulé até cadetes, seguindo para a estrada em juniores, com a equipa
de Roriz.
O 'salto' para a Gi Group
Holding-Simoldes-UDO trouxe-lhe novas experiências entre os seniores, embora
tenha 'brilhado' também na Volta a Portugal do Futuro, com a vitória na
terceira etapa e o 15.º lugar final.
Mais adepto de clássicas e de
terrenos menos montanhosos, Campos teve um ponto alto nos Nacionais de estrada,
ao ser segundo no contrarrelógio e o primeiro lugar na corrida de fundo,
sagrando-se campeão nacional sub-23 aos 19 anos.
"Gostava que o meu futuro
fosse correr no estrangeiro, numa equipa Pro Continental ou World Tour. Melhor
não poderia ser", admite.
O ciclista vê a estrada
"como um jogo, com mais oportunidades de se ganhar, além de que nem sempre
ganha o mais forte", e está dedicado a 100% ao desporto.
Na Volta, uma corrida
"que não é muito a jeito, pelas subidas e terreno mais acidentado",
quer "tirar muita experiência, para ajudar bastante no futuro" e
auxiliar os colegas de equipa.
Mais velho um ano, João
Martins vem de Vila Nova de Gaia para um "ambiente completamente
diferente, um sonho de menino tornado realidade", ainda que se estreie na
Volta pouco depois de um acidente com uma viatura automóvel que lhe provocou
uma fratura na clavícula e num dente.
Quer ajudar a equipa e
disputar as poucas etapas propícias a sprinters, uma especialidade que divide
com o ciclismo de pista, em que vai integrando a seleção nacional no
'laboratório' do Velódromo Nacional de Sangalhos.
Também Matins venceu na Volta
a Portugal do Futuro, acrescentando-lhe duas tiradas em que ficou no top 10 na
Volta ao Alentejo.
Um dos 'caloiros' do pelotão
nacional confessa que nunca lhe fizeram "nada de mais" em partidas ou
outras iniciações, até porque é "muito perspicaz apesar de muito
jovem".
"Às vezes, até sou eu que
ajudo a fazer partidas [aos outros]. Sou muito levado à brincadeira e ao riso,
acho que é do mais importante do ciclismo. Estamos aqui para conviver. Somos
uma equipa unida, muito brincalhona, e isso faz de nós melhor equipa, dentro e
fora da equipa", afirma.
A 85.ª Volta a Portugal em
bicicleta está na estrada até 4 de agosto, terminando em Viseu com um
contrarrelógio individual.
Fonte: Record on-line
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