Recuperação, neste momento, "está muito, muito lenta", lamenta o ciclista
Por: Lusa
Foto: Reuters/Arquivo
Ruben Guerreiro tem a época em
risco após terem-lhe sido detetadas duas hérnias nas costas, com o ciclista
português da Movistar a temer até pela sua carreira, devido à "paragem muito grande" que está
a enfrentar.
"Tinha
previsto [estar n'] o Giro de Itália e foi por isso que fiz o calendário que
fiz até abril, mas no Grande Prémio Miguel Induráin tive uma queda que me fez
uma luxação no cotovelo, mas que não me impossibilitou de treinar ou fazer o
meu dia a dia normal. Segui para Serra Nevada, para fazer a preparação para o
Giro, mas na Serra Nevada realmente comecei a ter uma forte dor nas costas, na
zona da lombar e da cervical", começou por revelar à
agência Lusa.
O ciclista de Pegões Velhos
(Montijo), de 29 anos, tinha somado resultados de relevo nas provas desta
temporada, como o oitavo lugar n'O Gran Camiño, o nono na Clássica da Figueira,
o 14.º no Tour Down Under e o 21.º no Paris-Nice, tendo mesmo concluído o GP
Miguel Indurain na 23.ª posição, apesar da queda.
"Era
uma dor realmente muito forte. Depois de exames feitos, foram detetadas duas
hérnias. Os especialistas dizem que foi devido às várias quedas dos últimos
anos", explicou.
A recuperação, neste momento, "está muito, muito lenta",
lamenta o vencedor da classificação da montanha (e de uma etapa) da Volta a
Itália de 2020.
"Tenho
feito fisioterapia normal e o corpo não evolui. Realmente, as coisas têm sido
muito difíceis para mim, porque tive algumas lesões e quedas e sempre foram
fáceis de tratar e recuperar, e agora com as duas hérnias tenho vindo a ser
impossibilitado de treinar, de fazer o meu dia a dia, porque requer uma paragem
muito grande", disse à Lusa.
Campeão nacional de fundo em
2017, vencedor da Volta à Arábia Saudita no ano passado e da edição de 2022 do
Mont Ventoux Dénivelé Challenge, Guerreiro está visivelmente desanimado com
este novo revés numa carreira perturbada por lesões e quedas.
"Neste
momento, posso dizer que tenho um pouco o meu ano em risco e a minha carreira
também, porque, com esta idade e com o ciclismo atual, é difícil parar tanto
tempo", concedeu.
Guerreiro, que cumpriu toda a
sua carreira profissional em equipas do WorldTour, tem contrato com a Movistar
até 2025 e está entre os pré-selecionados de Portugal para as provas de estrada
dos Jogos Olímpicos Paris2024.
Fonte: Record on-line
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