André Carvalho, João Almeida, Rui Oliveira, Rúben Guerreiro e Rui Costa são os restantes ciclistas portugueses
Por: Lusa
Foto: Reuters
O ciclista português Nelson
Oliveira começa no sábado a sua 19.ª grande Volta, com o objetivo habitual, o
de levar o líder da Movistar, o espanhol Enric Mas, até onde conseguir na 78.ª
Vuelta.
"Vou
tentar ajudar a equipa no melhor que seja possível, levar o líder até onde puder.
Neste caso este ano temos um crono por equipas, onde certamente serei uma
mais-valia para ajudar a equipa nesse ponto. Depois resta-nos ajudar o líder a
chegar a Madrid na melhor posição possível",
referiu.
Em declarações à agência Lusa,
o ciclista de Vilarinho do Bairro (Anadia) diz que esta é "mais uma grande Volta" no seu palmarés, mas, 12 anos depois da estreia,
igualmente numa Volta a Espanha, garante que continua a encará-las "da mesma forma".
"Acho
que estou numa boa condição física também depois do Tour e dos Mundiais e como
em todas as outras grandes Voltas vou dar o meu melhor para que corra tudo bem
e que faça aquilo que a equipa pretende, é esse o objetivo",
assumiu.
Mesmo com a desistência do
espanhol Enric Mas na primeira etapa, devido a uma queda, Nelson Oliveira
considera que a Volta a França "não foi
uma desilusão, foi uma corrida menos boa", salientando que
foi importante terminar, como tinha feito nas suas anteriores 17 grandes
Voltas.
"Esta
Vuelta esperemos que seja diferente e acho que vai ser diferente, corremos em
casa e é sempre a corrida da nossa equipa, a Movistar, e esperemos que comece
bem. Acho que vai ser uma Vuelta bastante competitiva, basta olhar para os
adversários que temos, mas acho que temos uma excelente equipa e esperemos que
as coisas corram bem para o nosso lado",
referiu.
Para o experiente ciclista
português, de 34 anos, esta "vai ser uma
corrida bastante aberta", "bastante
competitiva e para quem estiver em casa certamente vai haver espetáculo".
Sobre os possíveis
adversários, Nelson Oliveira salienta a Jumbo-Visma, equipa que vai tentar "ganhar as três grandes" no
mesmo ano, e "os jovens, que já ganharam
no ano passado também", referindo-se ao belga Remco
Evenepoel (Soudal Quick-Step).
"Vamos
ver como é que o nosso líder, que neste caso vai ser o Enric Mas, que fez
segundo no ano passado, estará depois da queda do Tour, que não voltou a
correr. Vai ser um bocadinho uma incógnita, mas acho que nos primeiros dias já
se verá como é que está a forma", referiu.
No pelotão da Vuelta vai
falar-se bastante português, pois serão seis os ciclistas lusos no pelotão, com
Nelson Oliveira a ter a companhia de André Carvalho (Cofidis), João Almeida e
Rui Oliveira (UAE Emirates), Ruben Guerreiro (Movistar) e Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty).
"Poder
falar um bocadinho português todos os dias, acho que vai ser bom, acho que vai
nos ajudar também a passar o dia a dia também um bocadinho melhor. Não é que
passemos mal dentro das nossas próprias equipas, mas acho que vai ser bom e mais
oportunidades também vamos ter para um dos portugueses tentar levar uma vitória
da etapa para o nosso país", afirmou.
A edição de 2023 da Vuelta
corre-se de sábado até 17 de setembro, com início em Barcelona e final em
Madrid.
Fonte: Record on-line
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