Cicilista português irá participar na Volta a Itália pela 4.ª vez consecutiva
Por: Lusa
Foto: UAE Emirates
O português João Almeida (UAE
Emirates) disse esta sexta-feira confiar que a sua regularidade e experiência
prevaleça sobre os favoritos Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e Primoz
Roglic (Jumbo-Visma), na edição de 2023 da Volta a Itália em bicicleta.
"Eu
acho que o Roglic e o Remco são os favoritos, mostraram que são os mais fortes,
mas a corrida é longa e tudo pode acontecer. Eu vou para o pódio, mas vamos
manter a postura e ver como as coisas correm, que é o mais importante. Eu não
espero mais nada além da sorte", afirmou o corredor
português, em conferência de imprensa.
Aos 24 anos, João Almeida vai
alinhar, a partir de sábado, pela quarta vez no Giro, depois do quarto lugar na
estreia em 2020, quando conseguiu a melhor classificação lusa na corrida, do
sexto em 2021 e da desistência no ano passado, após um diagnóstico de covid-19,
quando seguia no quarto posto.
"Só
poderemos ver [se os consigo bater] durante a corrida. Vou tentar estar no meu
melhor. Eles parecem mais fortes, mas numa terceira semana de uma grande volta
tudo pode acontecer. Eu tenho uma grande equipa ao meu lado, por isso, temos de
ser pacientes e dar tudo, só aí saberemos se é para vencer ou não",
explicou.
O português natural de
A-dos-Francos, no concelho de Caldas da Rainha, vai enfrentar o antigo
companheiro de equipa Remco Evenepoel, vencedor da Vuelta em 2022, reconhecendo
que esta é uma rivalidade diferente.
"Nós
fomos colegas de equipa, claro que é diferente, porque conhecemo-nos melhor do
que os outros oponentes, mas posso dizer que é agradável. É um bom adversário,
é superforte, e faz o desafio ainda maior",
reconheceu.
E, assumindo a ambição, sem se
apresentar como favorito, até pela oposição de Roglic, três vezes vencedor da
Vuelta e 'vice' do Tour em
2020, João Almeida apresentou as suas possibilidades.
"Eu penso
que, na terceira semana, posso ainda ter pernas e sentir-me bem, pode ser essa
a minha vantagem. Sou bastante consistente, talvez não seja melhor no
contrarrelógio do que o Remco ou o Roglic, mas acho que vou estar na luta pela
classificação geral. Acho que é altura de começar a correr e procurar as
respostas a estas perguntas", referiu.
Na conferência de imprensa da
UAE Emirates, na qual participou Almeida, o australiano Jay Vine e o italiano
Diego Ulissi, os dois primeiros consideraram "uma
boa vantagem" a equipa apresentá-los como "plano A e plano B" para a 106.ª edição do Giro, enquanto o
transalpino assegurou total apoio ao português.
Almeida, quinto na Vuelta em
2022, chega à 'corsa rosa' depois de ter sido segundo no Tirreno-Adriático e
terceiro na Volta à Catalunha, numa época que avalia positivamente.
"As
corridas recentes correram muito bem, estive sempre com os melhores e isso foi
o mais importante. Acho que fizemos um bom estágio e estamos preparados para um
bom Giro, pelo que só falta começar a correr",
rematou.
A 106.ª edição do Giro arranca
no sábado com um contrarrelógio de 19,6 quilómetros, entre Fossacesia e Ortona,
na região de Abruzzo, e termina em 28 de maio, em Roma, após 21 etapas.
Fonte: Record on-line
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