Ciclista esloveno garantiu estar "preparado para a defender nos próximos dias"
Por: Lusa
Foto: Reuters
Tadej Pogacar sentia saudades
da camisola amarela da Volta a França em bicicleta, que conquistou esta
quinta-feira com a vitória na sexta etapa, e agora promete fazer tudo para
defendê-la até ao pódio final em Paris.
"Estava
à espera da Planche des Belles Filles, mas aproveitei o momento. Hoje, surgiu
uma boa oportunidade e a equipa acreditou em mim",
revelou o jovem esloveno da UAE Emirates, ao ser questionado sobre se tinha
previsto chegar a amarela hoje.
Pogacar assumiu-se "muito feliz" por ter vencido a etapa mais longa da 109.ª
edição, algo que não antecipava à partida para os 219,9 quilómetros entre a
cidade belga de Binche e o 'muro'
de Longwy, e agradeceu à sua equipa "o
grande trabalho" que lhe
permitiu ganhar, diante do australiano Michael Matthews (BikeExchange-Jayco) e
do francês David Gaudu (Groupama-FDJ).
"Tenho
confiança em mim, até aqui, depois de seis etapas, está tudo a correr bem para
nós. Amanhã [sexta-feira], começam as montanhas no Tour, que são muitas este
ano. Estamos preparados para defender a amarela nos próximos dias",
garantiu.
Na sétima etapa, o esloveno de
23 anos regressará a La Planche des Belles Filles, onde há dois anos assegurou
a sua primeira vitória final da Volta a França.
"Gosto
muito dessa subida, traz-me boas recordações. Será ainda mais especial, porque
amanhã [sexta-feira] a minha família e a minha namorada estarão na estrada. Por
isso, estou ansioso para que a etapa comece. O facto de estar de amarelo não
muda nada. Temos uma boa equipa e tentaremos controlar a corrida, mas se houver
uma fuga numerosa e nos tirarem a liderança não será um desastre",
antecipou.
O dorsal número um da 109.ª
Volta a França e bicampeão em título afirmou que não vai ficar obcecado com a
defesa da amarela, até porque o objetivo é tê-la em 24 de julho, em Paris.
"Vamos
dia a dia. Primeiro, a chegada à Super Planche des Belles Filles, onde queremos
estar bem e tentar ganhar, porque é uma etapa importante. Depois, veremos. É
impossível antecipar o que pode acontecer, mas faremos tudo que pudermos para
defendermos a camisola amarela até ao fim do Tour",
disse, assumindo que tem vontade de conservar o 'maillot
jaune' "o maior tempo
possível".
A inesperada liderança de
Pogacar teve um 'precioso'
contributo de Wout van Aert, o anterior camisola amarela, que embarcou numa
fuga de mais de 130 quilómetros e foi apanhado a 11 da meta, onde perdeu mais
de sete minutos para o esloveno.
"Era
uma etapa longa e não esperávamos muita ajuda a controlar a corrida, por isso
decidimos que eu entraria na fuga", começou por explicar
o belga da Jumbo-Visma, ainda assim satisfeito por ter mudado a cor da camisola
que enverga: "Claro que também teria
sido bom ficar de amarelo, gostei muito dos últimos dias. Agora, estou de verde
e também vou desfrutar".
O líder da classificação por
pontos reconheceu que "a camisola
amarela é a mais bonita", mas prometeu gostar tanto da
verde, o seu objetivo primordial para esta Volta a França.
"Vou
ter um outro papel: continuar a somar pontos e ajudar os meus colegas ao
máximo", disse, referindo-se aos seus líderes Jonas
Vingegaard, terceiro da geral a 31 segundos de Pogacar, e Primoz Roglic,
aparentemente recuperado da deslocação do ombro que sofreu na quinta etapa.
Por sua vez, Adam Yates
(INEOS), quarto na geral, falou de uma etapa "muito
rápida", em que os ciclistas não tiveram "oportunidade de descansar" um dia depois da dura tirada dos 'pavés', enquanto Geraint Thomas, sexto,
salientou "uma boa jornada" para a equipa.
"Estamos
todos bem classificados [Thomas Pidcock é quinto e Daniel Martínez oitavo]. O
Pogacar e o van Aert estão acima de todos neste momento, mas nunca se sabe o
que pode acontecer", referiu o campeão do
Tour'2018.
Já Aleksandr Vlasov, sétimo,
elogiou o trabalho dos colegas da BORA-hansgrohe, que o 'devolveram' ao grupo
de favoritos depois de ter caído.
"Perseguimos
em força durante toda a jornada e consegui reentrar no primeiro grupo a quatro
quilómetros da chegada. No final, só perdi cinco segundos, provavelmente por
causa do esforço nos últimos oito quilómetros",
acrescentou.
Fonte: Record on-line
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