Ciclista português considera etapa desta quinta-feira importante para perceber como se encontra fisicamente
Por: Lusa
Foto: Instagram
O ciclista português Rui Costa
(UAE Emirates) mostrou-se esta quarta-feira expectante sobre o desfecho da 47.ª
Volta ao Algarve, assumindo que gostaria de subir ao pódio final, numa edição
que pode ter menos estrelas, mas não será mais fácil.
Em Lagos, antes do arranque da
primeira etapa da 47.ª edição da Algarvia, era o dorsal número um aquele por
quem todos esperavam e o campeão nacional de fundo, acabado de chegar da Volta
a Romandia, que no passado domingo terminou no 13.º lugar, não se esquivou às
questões, embora sem declarar a sua candidatura à amarela final.
"Vamos dia a dia. Hoje, é
o primeiro dia, venho de duas semanas de corridas importantes. Tive dois dias
apenas de recuperação da Volta à Romandia, onde o desgaste foi enorme este ano,
com a meteorologia muito complicada - muito frio, muita chuva. Isso provocou um
desgaste maior. Vou ver como me encontro hoje. Amanhã, já é um dia decisivo da
Volta ao Algarve, é importante passar o dia hoje com a maior tranquilidade
possível, que não haja nenhum percalço", resumiu.
Quarto classificado no ano passado,
Rui Costa assumiu querer melhorar a sua posição, reconhecendo que, já em 2020,
o objetivo era "fechar no top 3".
"Não foi possível, estive
muito perto. Vamos acreditar que este possa ser esse ano", completou o
poveiro de 34 anos, que ocupou o último degrau do pódio da Algarvia em 2014 e,
no seu historial na prova mais internacional do calendário nacional, acumulou
vários lugares cimeiros.
Unanimemente apontado como
grande candidato ao triunfo final - e grande esperança lusa para acabar com a
seca nacional, que dura desde 2006, quando João Cabreira venceu - o líder da
UAE Emirates respondeu com um sincero e pronto "não sei" quando
desafiado a enumerar aqueles que serão os seus grandes adversários.
"Estou um bocado
expectante para amanhã para ver quem é que está bem. E também é importante eu
saber como me vou encontrar depois da Romandia. Tive dois dias [de descanso],
senti-me muito cansado, espero ver como me vou encontrar hoje, sobretudo",
pontuou.
O "amanhã" de que
Rui Costa fala é a chegada à Fóia, ponto final da segunda etapa, que nesta
quinta-feira vai ligar Vila do Bispo ao ponto mais alto do Algarve, e que será
o primeiro grande teste às forças dos favoritos.
"Apesar de não termos um
lote de corredores tão forte como tínhamos nos outros anos, na maré de
fevereiro, isso não quer dizer que a Volta ao Algarve seja diferente ou mais
fácil de disputar. Eu acho que também as equipas portuguesas têm uma palavra a
dizer. É certo que são formações diferentes das do World Tour, mas nesta altura
do campeonato acredito que elas se encontrem mais bem preparadas do que
propriamente, às vezes, em fevereiro", salientou.
Por isso, "amanhã",
o campeão mundial de 2013 acredita que já será possível "ter uma
ideia" do que poderá ter pela frente e a que tipo de corredores terá de
"ter atenção", para conseguir vestir-se de amarelo, neste domingo, no
alto do Malhão, ponto final da 47.ª edição.
Fonte: Record on-line
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