Por: José Carlos Gomes
A Equipa Portugal vai estar
representada por quatro corredores no Campeonato do Mundo de Estrada, em Imola,
Itália, entre 25 e 27 de setembro.
A alteração do local da
competição motivou também a mudança do programa de corridas, passando o Mundial
a contar apenas com provas na categoria de elite. A Equipa Portugal estará
presente com um coletivo masculino de quatro elementos.
Ivo Oliveira e Rui Costa (UAE
Team Emirates), Nelson Oliveira (Movistar Team) e Rúben Guerreiro (EF Education
First) foram os escolhidos pelo selecionador nacional, José Poeira. Todos farão
a prova de fundo, no dia 27 de setembro. Ivo Oliveira e Nelson Oliveira
competem também no contrarrelógio, dois dias antes.
O Autódromo Enzo e Dino
Ferrari será o epicentro da competição. O contrarrelógio disputa-se num traçado
de 31,7 quilómetros, praticamente plano, com um acumulado de subida que não
passa dos 200 metros.
A prova de fundo será
integralmente disputada em circuito, o que acontece pela primeira vez desde
Ponferrada, Espanha, em 2014. O circuito terá um perímetro de 28,7 quilómetros,
que será percorrido 9 vezes, totalizando 258,2 quilómetros.
A corrida terá um acumulado de
subida de 5 mil metros. As principais dificuldades estão centradas em duas
subidas. A primeira tem uma extensão de 2800 metros, com uma inclinação média
de 5,9 por cento. O primeiro quilómetro desta subida chega aos 13 por cento de
inclinação, numa média de 9,6 por cento nestes mil metros.
A segunda subida, cujo final
dista cerca de 13 quilómetros da meta, estende-se por 2800 metros, com uma
pendente média de 6,4 por cento. Os 1300 metros da parte central da escalada
têm rampas que alcançam os 14 por cento e uma média de 10,9 por cento.
A Equipa Portugal tem sido uma
presença constante no top 10 das provas de fundo e de contrarrelógio, sempre
através de Rui Costa e de Nelson Oliveira, respetivamente. O campeão mundial de
2013 também esteve entre os dez melhores em 2015, 2018 e 2019. Nelson Oliveira
entrou nos dez mais em 2014, 2017, 2018 e 2019.
A luta pelas posições cimeiras
está mais uma vez na mente do selecionador nacional. “O contrarrelógio não é
tão longo quanto gostaria o Nelson Oliveira, mas, assim, acaba por encaixar
melhor nas caraterísticas do campeão nacional da especialidade, Ivo Oliveira. A
prova de fundo vai fazer-se muito dura, mas é um circuito diferente do
habitual, mais longo. Faz com que as dificuldades estejam distantes entre si e
afastadas da chegada”, avalia José Poeira.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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