Por: Lusa
O colombiano Nairo Quintana
(Arkéa Samsic) sugeriu esta segunda-feira que se realizem algumas provas de
ciclismo este ano, para "assegurar a sobrevivência" financeira da
modalidade e evitar maiores prejuízos para equipas e desportistas, face à pandemia
de covid-19.
"Obviamente que a
prioridade é a saúde de todos, mas, mesmo que seja em horários tardios ou sem
público, é preciso que se realizem algumas provas, para garantir a
sobrevivência do ciclismo mundial", afirmou o ciclista da equipa francesa
Arkéa Samsic, durante uma conversa com a Federação Colombiana de Ciclismo na
rede social Instagram.
Um eventual cancelamento da
Volta a França, entretanto adiada para 29 de agosto, seria "extremamente
arriscado" para os ciclistas e as equipas, porque "poderiam perder-se
patrocinadores", referiu Quintana, acrescentando: "Seria
catastrófico."
Quintana foi segundo
classificado do 'Tour' em 2013 e 2015, e terceiro em 2016, edições essas que
foram conquistadas pelo grande rival, o britânico Chris Froome, da INEOS.
No decorrer desta conversa, o
ex-ciclista da Movistar, de 30 anos, vencedor da Volta a Itália, em 2014, e da
Volta a Espanha, em 2016, anunciou que vai leiloar a camisola rosa com que
venceu o 'Giro' e "arrecadar algum dinheiro para ajudar as pessoas mais
necessitadas" a enfrentar a crise mundial de saúde pública, provocada pelo
novo coronavírus.
A nível global, segundo um
balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 167 mil mortos e
infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram
considerados curados.
Em Portugal, morreram 735
pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da
Saúde.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram
drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia
mundial.
Face a uma diminuição de novos
doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram,
entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos,
como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
Fonte: Record on-line
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