Por:
Lusa
Foto:
EPA
O
ciclista espanhol Alejandro Valverde (Movistar) foi este domingo o mais forte
no sprint em subida da etapa de Camiñito del Rey, com a camisola vermelha da
Volta a Espanha a passar para o polaco Michal Kwiatkowski (Sky).
A
segunda etapa tinha o aliciante de terminar com uma subida de terceira
categoria, dificuldade muito bem aproveitada pelo veterano (38 anos) ciclista
da Movistar, que nos últimos metros se desembaraçou de Kwiatkowski, segundo na
meta e novo líder da geral.
Entre
os derrotados do dia o nome mais sonante é o de Vicenzo Nibali, o líder da
Bahrain Merida, que perdeu 4.04 minutos na tirada, para ser 81.º no dia, mas
também já está KO o australiano Riche Porte (BMC), distanciado 13.31.
Rohan
Dennis (Lotto Soudal), da Austrália, fora sábado o primeiro líder da Vuelta,
mas hoje acabou por também ser uma das vítimas do forte calor e descolou a uma
vintena de quilómetros do fim, para concluir a mais de dez minutos de Valverde.
Os
163,5 quilómetros de Marbella a Camiñito del Rey acabaram de facto por 'fazer
mossa' no pelotão, por causa do calor e de alguma montanha. Os ciclistas
chegaram à meta em grupos médios ou mesmo pequenos, como foi o caso dos dois
melhores portugueses do dia, Tiago Machado (Katusha) e Nelson Oliveira
(Movistar), 72.º e 73º, a 3.13 minutos de Valverde.
Os
outros dois lusos perderam mais tempo: José Gonçalves (Katusha) entrou em
102.º, a 6.31, e José Mendes (Burgos BH) em 146.º, a 13.31, integrado no último
e mais largo pelotão.
Já
se sabia que a etapa ia ser seletiva e isso bem se comprovou no final, com
quase todos os favoritos nos lugares da frente - notáveis exceções de Nibali e
Porte - para a abordagem da subida final.
O
belga Laurens de Plus (Quickstep) atacou resoluto no último quilómetro, só que
acabou por ser impotente face à reação de Kwiatkowski e ao contra-ataque, mais
forte ainda, de Valverde, vencedor em 4:13.01, à média de 38,8 quilómetros por
hora.
Richie
Porte, desistente no Tour, explicou agora que teve uma gastroenterite dias
antes do arranque da Vuelta, pelo que a corrida para ele só conta na terceira
semana, em princípio. Até lá, é aguentar e talvez dar uma ajuda a Nicolas
Roche, o BMC mais bem classificado.
Quanto
a Nibali, mostrou fraquezas na subida do Alto de Guadalhorce, a oito
quilómetros do fim, nada abonatórias para quem já venceu as três grandes
Voltas.
Em
grande esteve o comboio da Sky, mesmo sem os seus nomes maiores, com
Kwiatkowski, o colombiano Sergio Henao e o chefe de fila David de La Cruz a
'demolirem' uma etapa que poucos esperariam tão dura.
Na
geral, Kwiatkowski comanda com 14 segundos sobre Valverde e 25 sobre o holandês
Wilco Kedermans, da Sunweb.
Nelson
Oliveira é o melhor português, em 68.º (a 3.30). Seguem-se Tiago Machado em
74.º (a 4.00), José Gonçalves em 108.º (a 7.49) e José Mendes em 159.º (a
14.15).
Segunda-feira
será a primeira ocasião para os verdadeiros sprinters brilharem, nos 178,2
quilómetros sem dificuldades entre Mijas e Alhaurin, com exceção de uma subida
de primeira logo de início.
Fonte:
Record on-line
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