Por:
Lusa
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A
dois anos dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o triatleta João Pereira procura
ultrapassar os problemas físicos dos últimos meses, com o sonho de fazer no
Japão um resultado ainda melhor do que o quinto lugar do Rio'2016.
Em
declarações à Lusa, num encontro da equipa que constitui o projeto olímpico da
Federação Portuguesa de Triatlo, na qual se incluem também os atletas João
Silva, Melanie Santos, Miguel Arraiolos, Helena Carvalho, Vasco Vilaça, Vanessa
Fernandes, Andreia Ferrum e ainda Filipe Marques (paratriatlo), João Pereira
garante estar "a cerca de 80 por cento" da sua capacidade física, por
força da pubalgia que tem vindo a tratar há quatro meses.
Esta
circunstância tem penalizado os resultados no apuramento olímpico, mas a
serenidade é total entre o atleta do Benfica, de 31 anos, e a sua equipa
técnica, que em 2018 passou a ser constituída por Paulo Antunes e Pedro Leitão.
"Sinto-me
mais elástico. Tive de atualizar o tipo de treino, tinha alguns vícios e no
caminho em que estava não iria fazer melhor do que aquilo que já havia
conseguido. Senti que tinha de mudar", explicou, sobre a mudança técnica,
acrescentando: "Estou tranquilo para o apuramento olímpico, porque um
top-3 numa etapa quase assegura uma vaga."
Depois
do ouro no triatlo dos Jogos do Mediterrâneo e do nono lugar na estreia este
fim de semana na prova de estafetas mistas em Edmonton (Canadá), numa vertente
que em 2020 será modalidade olímpica, João Pereira tem agora no horizonte
imediato um estágio em altitude em Font Romeu (Pirenéus), intercalado por
competições em Glasgow, Montreal e Gold Coast.
"Tenho
tido mais cuidado no treino de ginásio e esse trabalho vai tornar-me também um
atleta mais completo", sublinhou João Pereira, que realça ainda a
"grande evolução técnica do triatlo" nos últimos anos.
"A
modalidade está cada vez mais competitiva", adiantou.
No
mesmo sentido, o técnico Paulo Antunes evidenciou a "evolução muito
positiva" do seu pupilo, enaltecendo também a maturidade e experiência de
João Pereira ao longo de uma "fase que não foi fácil" nos últimos
meses.
"A
capacidade e o compromisso estão lá, é só preciso manter-se tranquilo, porque
as coisas vão acontecer. O João sabe que tem a capacidade para obter um lugar
de topo, é um atleta experiente, forte mentalmente, confiante e objetivo. Num
momento de decisão, é o tipo de atleta que pode fazer a diferença".
Sobre
o estágio que arranca já esta quarta-feira nos Pirenéus, Paulo Antunes assume
que é "uma fase muito importante" na temporada, até porque
"ainda há pontuações para ir buscar até ao fim deste ano".
Com
a meta apontada a um grande resultado em Tóquio, atleta e treinador adiantam
também a realização de um estágio já em solo nipónico em 2019 para facilitar
posteriormente a adaptação ao clima e à humidade que se fará sentir nos Jogos
Olímpicos.
Fonte:
Record on-line
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