Por:
Lusa
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LUSA
O
nervoso miudinho e alguma ansiedade são palavras usadas por alguns dos
estreantes numa Volta a Portugal em bicicleta, uma corrida diferente mesmo para
ciclistas já com alguma experiência nos escalões inferiores.
André
Carvalho, da Liberty Seguros, sabe que esta é "uma corrida
diferente", com "emoções diferentes", mas, à agência Lusa, fala
também do entusiasmo que a equipa sente antes do início da partida.
A
correr há 11 anos, o jovem ciclista, de 20 anos, está a cumprir um sonho de
estar pela primeira vez nesta corrida, 49 anos depois de o avô Carlos Carvalho
ter terminado a Volta de camisola amarela vestida.
"O
meu avô foi ciclista, ganhou a Volta a Portugal em 1959 e acho que isto é o
culminar de um sonho, porque todos nós ambicionamos um dia participar naquela
que é a prova mais importante em Portugal, a grandíssima, como se costuma
dizer. Estou um pouco expectante daquilo que pode ser a Volta a Portugal",
assumiu.
André
Carvalho mostrou-se na última prova do calendário nacional antes da Volta a
Portugal, ao ficar à porta do top-10 no Grande Prémio Nacional 2, a 25 segundos
de um lugar no pódio.
"É
uma corrida totalmente diferente, não só pelos corredores que participaram, mas
também pelo percurso em si. A Volta em Portugal é a corrida mais mediática do
nosso país e, apesar de ter andado bem na Nacional 2 e me ter sentido bem, acho
que a Volta a Portugal é diferente. O mais importante é dar o meu melhor",
referiu.
Inesquecível
será a estreia de Gonçalo Leaça, pois caberá ao jovem da LA-Alumínios, dois
dias mais velho do que André Carvalho, inaugurar hoje a 80.ª edição da Volta a
Portugal.
O
dorsal 182 foi o primeiro dos 131 ciclistas do pelotão da prova a sair para a
estrada para percorrer os 1,8 quilómetros do prólogo em Setúbal.
"Fiquei
muito contente, é gratificante ser o primeiro e vou tentar dar o meu
melhor", disse.
Gonçalo
Leaça considera que "há um nervosismo que é normal", pois vai ser a
sua primeira Volta a Portugal.
"O
objetivo vai passar por fazer o melhor lugar possível na geral e tentar
discutir alguma classificação intermédia, como a montanha ou assim, além de
tentar entrar em fugas para mostrar o patrocinador", afirmou.
O
mais velho destes três estreantes, mesmo que por apenas alguns dias, nasceram
todos em outubro de 1997, Francisco Campos é provavelmente o mais experiente de
todos.
O
ciclista da Miranda-Mortágua foi campeão nacional de sub-23 em 2017, esteve nos
Europeus e no Tour d'Avenir, entre outras provas, mas mesmo assim admite que
"há sempre aquele nervoso miudinho".
"Estamos
cientes que estamos na Volta a Portugal. Somos bastante novos, mas temos alguma
qualidade. Temos como objetivo dignificar as nossas cores e mostrar que somos
mais uns no pelotão, mas para mostrar um bocado do que é a nossa equipa",
afirmou.
Francisco
Campos admite que "gostava de fazer um lugar nos 10" primeiros, mas
tem "os pés assentes na terra" e quer esperar para vez o que a
estrada vai dar.
A
Volta a Portugal começa esta quarta-feira em Setúbal e termina em 12 de agosto,
em Fafe.
Fonte:
Record on-line
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