Por:
José Carlos Gomes
Uma
queda de um corredor francês na última curva dos 132,4 quilómetros, entre
Inzinzac-Lochrist a Bignan, que compuseram a segunda etapa da Volta a França do
Futuro, impediu a Equipa Portugal de disputar as primeiras posições no sprint
final, ganho pelo holandês Fabio Jakobsen, futuro corredor da Quick-Step
Floors.
Portugal
voltou a demonstrar ambição e, na fase decisiva da tirada, colaborou na
perseguição ao duo de escapados, formado pelos gauleses Maxime Roger (Auvergne
Rhône Alpes) e Adrien Garel (Bretagne), representantes das seleções regionais
das zonas gaulesas que apoiam e por onde passa a Volta a França do Futuro. E
também foi bem visível, durante a transmissão televisiva, o esforço dos lusos,
na cabeça do pelotão, já depois de alcançada a fuga, dentro dos 15 últimos
quilómetros.
Com
a aproximação da meta outras seleções assomaram à cabeça do pelotão, acabando
por prejudicar o posicionamento dos ciclistas lusos. Na última viragem, quando
tentavam progredir para se acercarem do top 10, Francisco Campos e Rui Oliveira
ficaram envolvidos na queda provocado por um ciclista gaulês. Francisco Campos
acabou mesmo por cair, enquanto Rui Oliveira ficou parado, pois a estrada quedou
bloqueada.
No
sprint condicionado pelo acidente, destacou-se Fabio Jakobsen (Dinamarca),
diante do colombiano Álvaro José Hodeg e do norueguês Kristoffer Halvorsen, que
completaram o pódio da jornada. Tiago Antunes acabou por ser o melhor luso a
cortar a meta, fazendo-o na 31.ª posição. Hugo Nunes foi o 50.º, seguindo-se
Rui Oliveira, 124.º, Francisco Campos, 125.º, André Carvalho, 126.º, e José
Neves, 127.º, todos creditados com o tempo do vencedor.
“A
etapa de hoje foi mais calma do que a de ontem, sendo levada serenamente para
uma discussão ao sprint. A nossa intenção era poder estar na disputa dos
primeiros lugares, mas para isso era necessário que os nossos corredores mais
rápidos estivessem, na última viragem, entre os quatro ou cinco primeiros. Não
conseguimos coloca-los e, por termos o Francisco e o Rui mais atrás, acabámos
por ficar envolvidos numa queda”, lamenta o selecionador nacional, José Poeira.
O
dinamarquês Kasper Asgreen conservou a camisola amarela, tendo 4 segundos de
vantagem sobre um grupo de 121 corredores. Dentro desse lote estão Tiago
Antunes, 35.º, Hugo Nunes, 39.º, Rui Oliveira, 66.º, e Francisco Campos, 122.º
André Carvalho é 123.º e José Neves 124.º, ambos a 43s do camisola amarela.
Potugal
é a 18.ª equipa, empatada em tempo com a segunda classificada, a 4 segundos da
Dinamarca, que comanda também coletivamente.
A
Etapa de Domingo
20
de Agosto: 3.ª Etapa: Missillac - CHâteaubriant, 125,7 km (1055 metros de
acumulado)
Outra
ligação em que os roladores e os velocistas deverão ter primazia. É uma etapa
em que os candidatos à geral e as suas equipas devem manter-se vigilantes,
porque a alta velocidade pode partir o pelotão e quem não estiver bem colocado
diz adeus às aspirações de um bom resultado.
Fonte:
FPC
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