Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O contrarrelógio feminino do
Campeonato da Europa de 2025, em Drôme-Ardèche, terminou envolto em polémica. O
que deveria ter sido uma cerimónia de pódio simples transformou-se num episódio
confuso, depois de a norueguesa Katrine Aalerud ter sido inicialmente informada
de que conquistara o bronze, apenas para minutos mais tarde ser relegada para o
quarto lugar.
A Noruega chegou a acreditar
num duplo pódio. Depois da prova, a federação recebeu indicações de que Mie
Bjorndal Ottestad tinha ficado com a prata e Aalerud com o bronze, o que levou
a festejos efusivos no autocarro norueguês. As duas ciclistas chegaram mesmo a
preparar-se para subir ao pódio.
Contudo, a euforia durou
pouco. Quando Aalerud regressou já vestida para a cerimónia, os resultados
tinham sido corrigidos: a holandesa Mischa Bredewold tinha sido colocada em
terceiro lugar, superando a norueguesa por apenas dois décimos de segundo.
“Não sei bem o que aconteceu”,
admitiu o selecionador nacional Jon Anders Grøndahl à TV 2. “Celebrámos como se
estivéssemos em segundo e terceiro. Ela está obviamente muito desiludida,
especialmente quando esteve tão perto. Trabalhou muito para isto. É confuso
para nós também, para ser honesto.”
Para Aalerud, a frustração foi
dupla: não só perdeu uma medalha europeia por margem mínima, como também chegou
a acreditar que a tinha conquistado.
Reusser sem rival no
contrarrelógio
No meio do caos pelo bronze,
quase passou despercebida mais uma exibição demolidora de Marlen Reusser. A
suíça, de 33 anos, confirmou o favoritismo e venceu com autoridade, ao
completar os 33:06m de prova a uma média de 44 km/h.
Reusser terminou 50 segundos à
frente de Ottestad, segunda classificada, confirmando-se como a melhor
contrarrelogista do momento.
Na primeira passagem
intermédia, Aalerud até apareceu praticamente ao nível da suíça, sinal de que o
início fora equilibrado. Porém, no setor decisivo, Reusser abriu 14 segundos
para a rival. O seu ritmo constante e avassalador deixou claro que, mesmo sem o
drama do pódio, a vitória nunca esteve em discussão.
Um bronze
com sabor agridoce
Oficialmente, o pódio ficou
composto por Reusser (ouro), Ottestad (prata) e Bredewold (bronze). Ainda
assim, o erro na comunicação dos tempos deixou a Noruega em choque e Aalerud em
lágrimas.
Perder uma medalha por dois
décimos de segundo já seria cruel. Ser levada a acreditar que a tinha
conquistado, apenas para a ver retirada minutos depois, transformou o final da
corrida numa das cenas mais duras destes Europeus.
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