Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Ao longo de uma carreira
lendária, Eddy Merckx definiu e alcançou objetivos que o tornaram uma figura
incontornável do ciclismo, justificando plenamente a alcunha de “O Canibal”.
Entre os feitos memoráveis que concretizou fora das clássicas e das grandes
voltas, destaca-se o mítico Recorde da Hora, estabelecido em Outubro de 1972,
quando percorreu 49,431 quilómetros num esforço solitário e brutal.
Meio século depois, Merckx
recorda esse momento como um dos pilares do seu legado. “A minha carreira não
estaria completa sem o recorde”, confessou em declarações ao Le Soir, numa
conversa em que voltou a sublinhar a importância desse desafio. "No final
de 1972, senti-me cansado, não estava em forma, mas depois de três semanas de
preparação específica em Itália, estava recuperado. Atravessámos o Atlântico
até ao México e tudo correu bem. Mas sofri muito. Depois desse esforço, mal
consegui andar durante uma semana".
Desde então, várias figuras
ilustres do ciclismo aceitaram o desafio de ultrapassar a fasquia deixada por
Merckx, entre elas Jacques Anquetil, Miguel Indurain, Sir Bradley Wiggins e,
mais recentemente, Filippo Ganna, o atual detentor do recorde, com uma impressionante
marca de 56,792 quilómetros.
Agora, com 80 anos e ainda
atento ao mundo das duas rodas, Eddy Merckx deseja ver as estrelas da era
moderna a escreverem o seu nome na história através do mesmo feito. Em
particular, o belga acredita que Tadej Pogacar e Remco Evenepoel deveriam
considerar o desafio da hora.
“Mas o Remco tem uma
aerodinâmica incrível. Seria maravilhoso se eles tentassem este desafio",
afirmou Merckx, destacando que, entre os dois, Evenepoel parece o mais
inclinado a aceitar um dia este tipo de prova contra o tempo.
Em relação ao esloveno
Pogacar, Merckx foi mais céptico. “Com Pogacar, é um tipo de ciclismo muito
diferente. Para dizer a verdade, desde que o conheci em 2017, nunca mais
falámos de corridas de pista. Nunca. Nunca entrou na nossa conversa, nem da
parte dele, nem da minha, nem da parte da equipa”, concluiu a lenda belga.
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