Ciclista canadiano da Israel-Premier Tech comanda com mais de meio minuto de avanço
Por: Lusa
Sergio Chumil
(Burgos-Burpellet-BH) conquistou este sábado a melhor vitória da carreira, ao
vencer a quarta etapa d'O Gran Camiño, à frente do camisola amarela Derek Gee,
o ciclista canadiano da Israel-Premier Tech que sentenciou a geral.
O campeão nacional de fundo da
Guatemala foi o único a conseguir responder a um ataque do líder da geral, na
subida de primeira categoria ao Alto da Pintinidoira, e acabou por bater Gee ao
sprint em O Cebreiro, depois de se ter poupado - não puxou uma única vez -
durante os cerca de 16 quilómetros que o duo esteve na frente.
Embora tenha vencido no alto
da Torre na Volta a Portugal 2024, Chumil, de 24 anos, alcançou esta tarde, nas
suas palavras, a melhor vitória da carreira, consumada em 3:42.27 horas, as
mesmas que gastou o canadiano da Israel-Premier Tech, que agora comanda a
classificação individual com 37 segundos de vantagem sobre Davide Piganzoli.
O italiano da Polti VisitMalta
foi terceiro na etapa rainha da quarta edição da prova galega, a 18 segundos do
vencedor, com o colombiano Jesus Peña, recentemente contratado pela portuguesa
AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, a ser quinto, a 41, os mesmos segundos
perdidos por Magnus Cort.
O dinamarquês da Uno-X caiu
para o terceiro lugar da geral, estando agora a 49 segundos da amarela, uma
diferença demasiado grande para ser recuperada (salvo azar) na quinta e última
etapa, uma ligação de 159,9 quilómetros entre Betanzos e Santiago de Compostela,
que inclui um setor de terra.
Foram várias as promessas de
fuga para a quarta etapa, mas esta tardou em formar-se, sendo preciso esperar
mais de 80 quilómetros dos 137,1 com partida em A Pobra do Brollón para que
Fredrik Dversnes (Uno-X) se isolasse, numa iniciativa seguida por Unai Esparza
(Illes Balears Arabay).
O duo estabilizou a diferença
nos dois minutos e foi, posteriormente, alcançado por Matteo Scalco (VF
Group-Bardiani CSF-Faizanè), antes de o Alto Fon da Saúde, de terceira
categoria, ter incentivado vários ciclistas a saltar do pelotão.
Seria, no entanto, uma
situação transitória de corrida, porque, na aproximação ao Alto Catrovientos,
uma segunda categoria a uns 30 quilómetros da meta, apenas Mauri Vansevenant
(Soudal Quick-Step), Johannes Kulset (Uno-X), Josh Burnett (Burgos Burpellet
BH), Alessandro Tonelli (Polti VisitMalta) e Samuel Fernández (Caja Rural)
seguiam na frente.
Com a Israel-Premier Tech a
comandar o pelotão, a diferença dos cinco fugitivos nunca superou as duas
dezenas de segundos, a diferença com que iniciaram a ascensão ao Alto da
Pintinidoira.
A única montanha de primeira
categoria da jornada eliminou Cort, então segundo da geral, que tinha
bonificado e reduzido para dois segundos a diferença para o camisola amarela, e
acabou com a fuga, anulada a menos de 17 quilómetros da meta.
A 2.000 metros do alto atacou
Derek Gee, na zona mais dura, com rampas de 15% de desnível, e deixou para trás
o dinamarquês da Uno-X, que foi tentando minimizar as perdas, enquanto o
camisola amarela seguia isolado na companhia de Chumil.
Imparável, o canadiano
sentenciou a geral d'O Gran Camiño, ao conquistar rapidamente tempo a Cort, e
só foi superado na meta pelo corredor da Guatemala, num sprint que necessitou
de recurso ao photo finish.
"Foi uma pena não ter
conseguido isolar-me a solo, porque teria sido bom ganhar a etapa para os meus
colegas, para recompensar o bom trabalho que fizeram hoje. Quase consegui.
[...] Não sabia como era o sprint dele [de Chumil] e sentia-me de rastos, mas
pensei 'talvez se esperar, posso surpreendê-lo. No final, ele foi melhor.
Mereceu a vitória", concedeu Gee.
Apesar da confortável
diferença que tem na classificação, o camisola amarela considera que a geral
ainda não está ganha. "Nunca, nunca está feito até acabar. E há gravel
[terra] amanhã [domingo], nunca sabemos o que pode acontecer", alertou.
Na geral, Jesus Peña, o
ex-ciclista da Jayco AlUla resgatado ao desemprego pela AP
Hotels&Resorts-Tavira-Farense, é o melhor representante das equipas
portuguesas, no 12.º lugar, a 2.50 minutos de Derek Gee, com Nelson Oliveira
(Movistar) a ser o melhor luso, num distante 31.º posto, a mais de oito
minutos.
Fonte: Record on-line
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