Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A Paris-Nice é uma das mais
reputadas e difíceis corridas por etapas do calendário do World Tour e todos os
anos acolhe muitos dos melhores trepadores, velocistas e ciclistas de clássicas
do mundo. Este ano a corrida está na estrada de 9 a 16 de março. Fazemos a
antevisão da 4ª etapa da corrida.
A etapa 4 tem 2700 metros de acumulado positivo no menu, mas não faz dela uma verdadeira etapa de montanha e não deverá ser negligenciada. Este será o dia em que os ciclistas irão verdadeiramente testar a sua forma física nas subidas.
Não é de esperar nenhuma
jogada arriscada antes dos últimos quilómetros, pois todas as forças estarão
guardadas para a subida final para La Loge des Gardes. Uma subida explosiva,
mas onde é possível que se façam diferenças.
Esta subida tem 6,7 quilómetros de extensão com uma inclinação média de 7,1%. No geral, é uma subida constante, sem muitas mudanças de inclinação, mas será dura desde o início. São esperados ataques nos últimos quilómetros, porque se um grupo entrar nos últimos 1,5 quilómetros, terão um pequeno momento para descansar e caso isso aconteça as coisas podem ser levadas para o sprint.
O Tempo
Temperaturas máximas de 8 graus no dia, sem sol e com boas hipóteses de chuva. Condições climatéricas típicas de uma Paris-Nice, que tornarão este dia bastante difícil e que poderão fazer com que as diferenças sejam maiores do que o esperado.
Os
Favoritos
Visma - Como era esperado eles
passaram para a liderança da corrida após o TTT por Matteo Jorgenson. O
camisola amarela irá impor o seu próprio ritmo nesta subida, uma vez que ele
pode explodir caso Jonas Vingegaard tenha de responder a qualquer ataque. É
provável que vençam esta etapa porque parecem ser os dois trepadores mais
fortes da corrida e a equipa sabe o que fazer. Vingegaard terá certamente
liberdade para atacar e ganhar tempo sobre os restantes, desde que tenha
pernas.
UAE - Os Emirados Árabes
Unidos eram, no início, a equipa que acreditavamos ser o rival mais próximo da
Visma, mas depois do dia de hoje esse já não será o caso. Pavel Sivakov está
fora da corrida e com mais de 40 segundos perdidos, a equipa vai tentar terminar
da melhor forma possível, em vez de tentar lutar pela vitória na geral, pois
pode acabar por perder tempo para outros rivais diretos na luta pelo pódio.
João Almeida, com toda a certeza, poderá definitivamente disputar a vitória da
etapa. Brandon McNulty é sempre um outsider, enquanto Jhonatan Narváez poderá
tentar, mas provavelmente a subida será demasiado longa para ele.
O dia frio pode fazer com que
esta subida cause mais estragos, no entanto, estão presentes muitos trepadores
de topo, como Santiago Buitrago que venceu a Volta à Comunidade Valenciana,
Mattias Skjelmose que está em excelente forma, um Felix Gall que teve um TTT
positivo e está sempre pronto para atacar as subidas, Ben O'Connor que é o
primeiro dos ciclistas da GC atrás dos homens da Visma e provavelmente terá uma
táctica mais defensiva e os trepadores da BORA Aleksandr Vlasov e Florian
Lipowitz que estão em 5º e 6º lugar na geral, uma boa posição que significará
que não correrão muitos riscos, mas sim esperarão provavelmente pelo desenrolar
da corrida.
Numa 3ª linha de favoritos
colocariamos a dupla da Quick-Step Ilan van Wilder e Max Schachmann, a dupla da
INEOS Thymen Arensman e Magnus Sheffield, o trio da Movistar composto por
Jefferson Alveiro Cepeda, Iván Romeo e Pablo Castrillo. Lenny Martínez, Michael
Storer, Guillaume Martin, Neilson Powless e a dupla da Astana Harold Tejada e
Clément Champoussin. Não é de esperara nenhum ataque de qualquer um desses
homens. O ritmo da corrida nessa fase será muito alto e a tarefa deles será
aguentar o máximo de tempo possível e após a etapa pensarem se querem lutar por
um lugar na classificação geral ou lutar por uma vitória numa etapa.
Previsão
Paris-Nice 2025 4ª etapa:
*** Jonas Vingegaard, Matteo
Jorgenson
** João Almeida, Santiago
Buitrago, Mattias Skjelmose, Felix Gall, Aleksandr Vlasov
* Jhonatan Narváez, Florian
Lipowitz, Ilan van Wilder, Max Schachmann, Lenny Martínez, Pablo Castrillo,
Michael Storer, Neilson Powless
Escolha: Jonas Vingegaard
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