Por: José Carlos Gomes
Lucas Lopes foi hoje o melhor
elemento da Seleção Nacional na primeira etapa em linha da Corrida da Paz,
sendo o 11.º a passar a meta, numa etapa vencida pelo camisola amarela, o
francês Pierre Gautherat.
A tirada de hoje, 121,9
quilómetros entre Jeseník a Rýmařov, na Chéquia, nunca viveu um momento de
grande definição. Os ataques sucederam-se, mas não se formou um grupo de
fugitivos com margem para poder sonhar com o triunfo na etapa.
A chuva surgiu na segunda
metade da viagem, sendo um obstáculo ao pelotão. Provocou uma seleção de
valores, dividindo o grupo principal, mas com os portugueses na frente. Sem
aquilo a que pudéssemos chamar a “fuga do dia”, assistiu-se a um ataque que
quase decidia a etapa.
O dinamarquês Adam Holm
Jørgensen saiu do pelotão a pouco mais de 30 quilómetros da meta e manteve-se
em cabeça de corrida, sempre com o pelotão muito próximo. Só foi alcançado no
último quilómetro, quando o pelotão acelerou para a discussão ao sprint.
Na luta pela vitória, Pierre
Gautherat, corredor dos quadros da WorldTeam AG2R Citroën Team, foi o mais
forte, ganhando pelo segundo dia consecutivo. O segundo foi o britânico Joshua
Giddings. O norueguês Karsten Larsen Feldmann fechou o pódio.
Lucas Lopes abriu a
representação portuguesa na classificação da etapa, no 11.º lugar, com o mesmo
tempo do vencedor. Dentro do top 25 da jornada terminaram ainda Afonso Eulálio
(20.º), Gonçalo Tavares (21.º) e Daniel Lima (24.º). Todos foram creditados com
o tempo do vencedor, o mesmo sucedendo com Alexandre Montez, 35.º, e Duarte
Domingues, 51.º.
Pierre Gautherat reforçou o
comando da geral, graças aos 10 segundos de bonificação pela vitória na etapa.
Seguem-no Joshua Giddings, a 14s, e o alemão Moritz Kretschy, a 18s.
Gonçalo Tavares subiu ao 16.º
lugar da classificação geral, a 24s da camisola amarela. Lucas Lopes é 23.º, a
25s, Alexandre Montez está em 26.º, a 26s, Daniel Lima subiu à 48.ª posição, a
32s, Duarte Domingues é 51.º, também a 32s, e Afonso Eulálio ocupa o 68.º
lugar, a 52s.
“Hoje era
um dia traiçoeiro, devido à chuva, às estradas estreitas, algumas em paralelo.
A colocação era fundamental para não se ficar nos cortes e para evitar os
percalços. Os nossos corredores estiveram muito bem e cumpriram a missão, antes
de um dia que poderá ser decisivo”, explicou o selecionador
nacional, José Poeira.
A segunda etapa em linha, no
sábado, 129,1 quilómetros, entre Bruntál e Červenohorské Sedlo. É a
etapa-rainha, repleta de montanha, terminando em alto, num encadeamento de duas
subidas longas separadas por uma descida. Grandes alterações classificativas
irão, por certo, acontecer.
A Corrida da Paz é uma prova
pontuável para a Taça das Nações de Sub-23.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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