Luís Filipe Pirré lembra que decisões de Rui Vinhas, Samuel Caldeira, Daniel Mestre e José Neves não são definitivas
Por: Lusa
Foto: Bruno Colaço
O advogado Luís Filipe Pirré,
representante dos ciclistas Rui Vinhas, Samuel Caldeira, Daniel Mestre e José
Neves, salientou esta terça-feira "a coragem" dos seus clientes,
suspensos por três anos, notando que o "tempo da justiça ainda não acabou".
Em declarações à agência Lusa,
Luís Filipe Pirré quis destacar "o ato nobre e de grande coragem" dos
seus representados, que se "sacrificaram em nome do ciclismo".
"Queria sublinhar a coragem deles como pessoas. Há aceitação das consequências
desportivas e uma colaboração com a justiça desportiva para que o futuro do
ciclismo seja mais limpo e despoluído", afirmou.
Luís Filipe Pirré recordou que
"há um tempo da justiça que ainda está a decorrer e ainda não
acabou", frisando que "as decisões não são definitivas".
Rui Vinhas, vencedor da Volta
a Portugal em 2016, José Neves, campeão nacional de fundo em 2021, Samuel
Caldeira, 'capitão' da W52-FC Porto na estrada, e Daniel Mestre, vencedor da
classificação por pontos da Volta em 2019, foram hoje sancionados por três anos
pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), por "posse de substância
proibida e método proibido", a mesma pena aplicada a Ricardo Vilela e
Ricardo Mestre.
Já João Rodrigues vai cumprir
um castigo de quatro anos imposto pela União Ciclista Internacional, por
anomalias no passaporte biológico, e outros três anos por "posse de método
proibido", embora mantenha os triunfos naquelas corridas, assim como na
Volta ao Alentejo de 2019.
Os processos dos restantes
três ciclistas - Joni Brandão, José Gonçalves e Jorge Magalhães - e elementos
do 'staff' da W52-FC Porto suspensos preventivamente pela Autoridade
Antidopagem de Portugal (ADoP) "ainda estão a decorrer", confirmou
hoje à Lusa fonte ligada ao processo.
No final de abril, 10
ciclistas da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da
equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José
Rodrigues, no decurso da operação 'Prova Limpa', a cargo Departamento de
Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
Na operação policial,
"foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no
treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo", detalhou
então a Polícia Judiciária.
Em 15 de julho, oito ciclistas
(Rodrigues, Brandão, Vinhas, Ricardo Mestre, Vilela, Gonçalves, Caldeira e
Daniel Mestre) foram suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de
Portugal (ADoP), que, em finais de agosto, suspendeu também José Neves e Jorge
Magalhães.
A União Ciclista Internacional
(UCI) viria a retirar a licença desportiva à W52-FC Porto antes da Volta a
Portugal.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário