Dinamarquês arrasou concorrência e ficou com a camisola amarela
Por: Lusa
Foto: EPA
A amarela é um sonho tornado
realidade para Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), que espera agora desafios
diários do "lutador" Tadej Pogacar, depois de assumir a
liderança da Volta a França em bicicleta com uma vitória no Col du Granon.
"É
difícil para mim descrevê-lo em palavras",
resumiu o dinamarquês de 25 anos, momentos após coroar-se como vencedor da 11.ª
etapa no Tour, no alto do Col du Granon, e roubar a amarela ao bicampeão em
título, que quebrou pela primeira vez na prova francesa e perdeu 02.51 minutos
na meta.
Visivelmente emocionado com a
sua estreia a vencer na Volta a França, na sua segunda participação, o tímido
Vingegaard ainda estava incrédulo com a sua nova condição, respondendo "não, por acaso não", a olhar
para a camisola que tinha vestida, quando questionado sobre se já acreditava
que a amarela era sua.
"É
um sonho tornado realidade, é incrível. É de loucos! Esta manhã, quando
acordei, queria ir à procura da etapa e da amarela, mas consegui-lo
efetivamente é incrível para mim. Primeiro, uma vitória de etapa no Tour e,
depois, vestir a amarela, é algo que ninguém me poderá tirar",
sustentou.
O dinamarquês contou que a sua
Jumbo-Visma, que passou grande parte dos 151,7 quilómetros entre Albertville e
o Col du Granon ao ataque, tinha um plano para destronar Pogacar.
"Obviamente,
vocês viram qual era o plano. Queríamos endurecer muito a corrida, pensámos que
me beneficiaria e ao Primoz [Roglic]. Ganhei muito tempo hoje, mas nunca o
teria feito sem os meus companheiros, eles foram incrivelmente fortes
hoje", elogiou, já depois de ser congratulado por
Wout van Aert, o 'super'
camisola verde que a Jumbo-Visma lançou para a fuga do dia.
Vingegaard reconheceu que só
percebeu que o camisola amarela iria quebrar quando atacou, a cinco quilómetros
da meta, porque 'Pogi' "estava muito forte no Galibier e deixou toda a
gente".
"Não
tinha a certeza se ele ia no limite e na última subida pensei: 'se não tentar,
não vou ganhar'. Um segundo lugar na geral é bom, mas já lá estive no ano
passado, e decidi que queria tentar lutar pela vitória. Felizmente, fui
bem-sucedido", resumiu.
O líder da Jumbo-Visma, que
ficou surpreendido com as diferenças que estabeleceu para os seus adversários
na luta pela vitória final, até porque "estava no vermelho nos
últimos três quilómetros" da tirada, espera agora uma grande
batalha até Paris, onde a Volta a França termina em 24 de julho.
"O
Tadej é um lutador, de certeza que me vai desafiar todos os dias. Vamos dar o
nosso melhor e ver se conseguimos mantê-la",
disse, referindo-se à amarela.
Fonte: Record on-line
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