Nova temporada arranca no domingo, com a promessa da reedição do duelo entre 'velhos conhecidos'
Por: Lusa
Foto: DR
A 'transferência' de um patrocinador e o
regresso de José Azevedo ao pelotão foram as novidades mais sonantes no 'defeso' do ciclismo nacional, cuja nova
temporada arranca no domingo, com a promessa da reedição do duelo entre 'velhos conhecidos'.
Cinco meses passaram desde que
o pelotão 'encostou' as bicicletas para umas férias prolongadas
após uma época intensa, animada pelo permanente e aceso duelo entre W52-FC
Porto e a equipa de Mauricio Moreira, Frederico Figueiredo, António Carvalho ou
Rafael Reis, que, apesar do espetáculo que deu e dos resultados alcançados, viu
o principal patrocinador, a Efapel, 'desertar'
para o novo projeto de José Azevedo.
O regresso 'messiânico' do 'filho pródigo' do ciclismo português,
agora no papel de diretor desportivo, após uma década de experiência
internacional, em equipas como a Katusha ou a RadioShack, 'seduziu' não só o patrocinador, mas
também nomes consagrados do pelotão nacional como João Benta, Joaquim Silva ou
Henrique Casimiro, 'eternos' candidatos ao pódio da Volta a Portugal, ou o
promissor Pedro Andrade, vindo da 'fábrica de
talentos' Hagens Berman
Axeon.
As expectativas quanto ao
sucesso da equipa do quinto classificado do Tour2004 e do Giro2001 são mesmo o
grande ponto de interesse da nova temporada, que, presumivelmente, voltará a
ser animada por 'dragões',
liderados pelos incontornáveis Amaro Antunes, João Rodrigues e Jóni Brandão, e
pela agora denominada Glassdrive-Q8-Anicolor, dois conjuntos que mantiveram o
seu núcleo duro -- na W52-FC Porto, entrou o 'internacional'
José Gonçalves, e a ex-Efapel perdeu André Cardoso, que rumou à ABTF-Feirense.
Às mexidas provocadas pela
nova formação de Azevedo - Benta deixou a Rádio Popular-Paredes-Boavista sem
líder, Silva fez o mesmo com a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados e Casimiro 'desfalcou' a Kelly-Simoldes-UDO, aliou-se
a reforma do veterano Gustavo Veloso, que trocou as vestes de ciclistas pelas
de diretor desportivo na equipa de Mortágua e 'obrigou'
a Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel a procurar um novo companheiro para
Alejandro Marque.
Foi no projeto falhado da
Delko, a equipa francesa que 'atirou'
para o desemprego quer José Azevedo, quer José Gonçalves, que os algarvios
encontraram o também galego Delio Fernández, o veterano de 35 anos que foi
terceiro na Volta2014 e que regressa a Portugal após seis temporadas no
estrangeiro.
De regresso a 'casa', neste caso à formação que
representou durante sete épocas e que levou ao pódio na Volta a Portugal (2017
e 2018), está o também espanhol Vicente García de Mateos, novamente líder da
Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, após uma experiência falhada no Feirense.
A equipa de Santa Maria da
Feira apostou em André Cardoso, insatisfeito com o seu papel de ator secundário
na agora Glassdrive-Q8-Anicolor, como a Rádio Popular-Paredes-Boavista o fez
com César Martingil, o 'sprinter'
que estava 'tapado' em Tavira.
Já a Tavfer-Mortágua-Ovos
Matinados foi forçada a reinventar-se sob a 'batuta'
de Veloso, após a 'debandada'
para a Efapel, e tem no vice-campeão europeu de eliminação, João Matias, uma das
principais figuras, enquanto a Kelly-Simoldes-UDO manteve Luís Gomes como 'cabeça de cartaz', e a LA
Alumínios-Credibom-MarcosCar continuou a 'guiar-se'
pela juventude.
Será este o pelotão renovado,
mas com os mesmos nomes de sempre, que dará as primeiras pedaladas da nova
temporada no domingo, como é tradição, na região de Aveiro, na Prova de
Abertura, e que enfrentará o seu grande teste entre 04 e 15 de agosto, na Volta
a Portugal.
Fonte: Record on-line
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