António Morgado, 20.º, e
Gonçalo Tavares, 29.º, foram os melhores portugueses na prova de fundo para
juniores do Campeonato da Europa de Estrada, disputada em Trento, Itália, com
vitória do francês Romain Gregoire.
A corrida de 105,6 quilómetros
foi marcada por um ritmo intenso, com várias mudanças de velocidade e ataques
ao longo das oito subidas à localidade de Povo. António Morgado foi um dos
corredores que tentaram surpreender o pelotão, tendo atacado na antepenúltima e
na penúltima passagem na subida.
O esforço do português não deu
frutos, porque a perseguição que lhe foi movida acabaria com os intuitos do
português na descida para Trento. À entrada para a última passagem na subida,
uma queda à frente de António Morgado, deixou-o em posição desfavorável, não
estando bem colocado aquando do ataque dos franceses Romain Gregoire e Lenny
Martinez e do norueguês Per Strand Hagenes.
O trio conseguiu isolar-se e controlar uma diferença a rondar os 10 segundos. Gonçalo Tavares, outro português sempre bem colocado em toda a corrida, ainda tentou fechar o espaço, mas, sem ajuda no pelotão, foi incapaz de anular a fuga.
Na disputa do título, Romain
Gregoire foi o mais forte, seguido por Per Strand Hagenes e por Lenny Martinez.
O pelotão onde chegaram integrados António Morgado
e Gonçalo Tavares gastou mais 10 segundos do que o vencedor.
“Ataquei
duas vezes na subida, mas fui sempre apanhado a descer. Na entrada para a
última passagem na subida um corredor caiu à minha frente e fiquei ali fechado.
Saio com um sabor amargo, porque fiquei mesmo com a sensação de que poderia ter
feito um resultado muito melhor”, considera António Morgado.
Gonçalo Tavares também se
evidenciou pela qualidade do trabalho em prova, num dia de grande esforço. “Passei toda a corrida com as pernas a arder. Foi desde o
princípio sempre no máximo, mesmo na parte plana do circuito, que era muito
explosivo. Cada viragem era um sprint. No fim puxei o mais que pude para tentar
apanhar a fuga, mas não tivemos ajuda de mais nenhuma seleção”,
descreve o corredor natural de Proença-a-Nova.
José Poeira destaca o facto de
ambos os corredores “serem ainda juniores de primeiro ano, falta-lhes
experiência de competição a este nível. Mas demonstraram potencial para fazerem
ainda melhor no futuro”.
Tiago Clemente foi o 61.º, a
4m23s, Tiago Nunes, que sofreu uma queda, foi o 69.º, a 7m49s. Rúben Rodrigues
e Sérgio Saleiro não terminaram a corrida.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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