sexta-feira, 10 de setembro de 2021

“Luis Ángel Maté 'apaixonou-se' por Portugal: «É estupendo, pessoas acolhedoras e gastronomia excecional...»”


Ciclista da Euskaltel-Euskadi passou pelo nosso país de bicicleta, depois de ter saído de Santiago de Compostela

 

 Por: Lusa

O espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) está a fazer por estes dias uma "volta da Volta a Espanha", de Santiago de Compostela até casa, em Marbella, num exercício de quase mil quilómetros de regresso "às origens do ciclismo".

"Está a ir muito bem. Tenho estado por Portugal [saiu quinta-feira]. Quis aproveitar porque a Vuelta terminava em Santiago de Compostela, um grande destino de cicloturistas, porque era a minha 10.ª edição, e também o regresso à elite da Euskaltel-Euskadi", conta o ciclista de 37 anos à agência Lusa.

Nesta "vuelta de la Vuelta", Maté tem pela frente quase mil quilómetros desde o local habitual de culto e peregrinação - e também ponto de referência para muitos ciclistas -, onde terminou a Volta a Espanha, até ao sul, e à Marbella a que chama casa. Entrou em Portugal cedo e, na quarta-feira, na terceira etapa, desceu de Oliveira de Azeméis até ao centro, antes de, na quinta-feira, partir de Vila de Rei para deixar o país, após uns 226 quilómetros que gozou longe do ritmo do profissionalismo.

A descomprimir da última grande Volta do ano, pôde ainda dar foco e destaque ao seu intento de fazer dos quilómetros pedalados em cicloturismo "uma maneira de reivindicar as origens do ciclismo". "Está a tornar-se demasiado 'tecnificado'. Tudo se mede, todos os pesos e variáveis... estamos a robotizar um pouco o desporto. Estamos a reivindicar as suas origens, de quando uma criança pega na bicicleta para desfrutar", afirma à Lusa.


Na viagem, apaixonou-se por Portugal, revela. "Conhecia bem o Algarve, é próximo de casa e aí tinha ido mais vezes, mas o Norte e as zonas que atravessei... É estupendo, com pessoas muito acolhedoras e gastronomia muito excecional, com paisagens e caminhos maravilhosos para o cicloturismo. É um país que me agrada muito", declara.

Este ano, de resto, foi oitavo no Grande Prémio Torres Vedras -- Troféu Joaquim Agostinho, um dos seus resultados de destaque na temporada. Antes, já tinha passado pelo país em 2020, para correr a Volta ao Algarve, então ainda ao serviço da francesa Cofidis, em duas presenças fugazes numa carreira longa entre o pelotão de elite europeu. Aos 37 anos, o corredor viveu a 10.ª Vuelta do palmarés, acabando em 30.º, no regresso à ribalta da renascida Euskaltel, e decidiu embarcar numa viagem até casa diferente, que mostrasse outra relação com a bicicleta.

Quase arrancou com o "amigo" Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), para quem só tem palavras elogiosas. "É um dos melhores ciclistas espanhóis, com um palmarés invejável, toda a gente gosta dele. Une-nos uma grande amizade", atira. Sem o campeão da Volta a Portugal em 2013, vem descendo pela península e, à Lusa, não deixa de comentar as "possibilidades tremendas" do ciclismo português, que "merece uma equipa própria de elite", até porque ele próprio esteve quase a correr em solo luso.

Foi quando era ainda sub-23, tinha "muito contacto com Vidal Fitas" e esteve em várias concentrações com a formação de Tavira, onde se juntou a nomes como o compatriota David Blanco ou Ricardo Mestre, Samuel Caldeira ou David Livramento. "Quase assinei contrato com eles, não o fiz, mas gostava. Porque não [correr em Portugal]? A Volta a Portugal sigo-a sempre e agrada-me muito", comenta.

A estrada continua debaixo de duas rodas até sábado, com quilómetros e quilómetros para pedalar até poder "aproveitar para estar com a família e descansar", mas as pernas pesam menos agora do que na Vuelta. "Vou no meu ritmo, como quando quero, paro quando quero. [...] É importante para mim correr desta forma, corta com o stress do profissionalismo. Entendo que haja gente para quem o ciclismo seja apenas um trabalho. Para mim, é muito mais do que isso, é uma paixão e uma forma de vida", remata.

Fonte: Record on-line

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