Por: AMG // AJO
Tadej Pogacar admitiu hoje que
a UAE Emirates cometeu um erro na sétima etapa da Volta a França em bicicleta,
mas garantiu estar orgulhoso por a sua equipa ter minimizado as perdas para
Mathieu van der Poel.
“Talvez seja um pouco culpa
nossa. Não esperávamos tantos fugitivos, foi como se o grupo se tivesse
dividido como quando há ‘abanicos’. Nesse momento, penso que nos atrapalhámos
um pouco e que cometemos um erro”, assumiu o campeão em título, que hoje desceu
ao quinto lugar na geral, ao perder mais de três minutos para o camisola
amarela, o holandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix).
Ainda assim, o esloveno de 22
anos disse-se “orgulhoso” pelo trabalho feito pela sua equipa.
“No
pelotão, diziam-nos que éramos nós que tínhamos de trabalhar, porque sou o mais
forte…, mas não sou sempre o mais forte. Mas muito dos que iam lá à frente
poderiam ganhar [o Tour], pelo que tratámos, sobretudo, de limitar as perdas e
conseguimo-lo. Sabia que o [Wout] Van Aert sobe muito bem e o Van der Poel
também, pelo que não podíamos deixá-los ganhar 10 minutos, seria perigoso”,
estimou.
Apesar de ter descido da
segunda para a quinta posição da geral, estando agora a 03.43 minutos da
amarela, ‘Pogi’ acredita que os outros candidatos ao triunfo final também
sofreram hoje.
“A etapa
não foi difícil só para nós. Foi muito exigente, apanhámos muito vento na
frente do pelotão, pelo que não sabemos o que podemos fazer amanhã [sábado].
Talvez nos limitemos a seguir os outros”, antecipou.
Em fuga desde o quilómetro 40
dos 249,1 quilómetros da mais longa tirada em 21 anos de Tour, disputada entre
Vierzon e Le Creusot, Mathieu van der Poel justificou a surpreendente opção com
o facto de a escapada “incluir ciclistas que
ameaçavam a camisola amarela”, nomeadamente Van Aert, segundo a
30 segundos, e Kasper Asgreen (Deceuninck-QuickStep) agora terceiro, a 01.49
minutos.
“Queria
mantê-la um dia mais, mas a geral não é o meu objetivo. Não estou aqui para
lutar pela geral, tenho isso muito claro”, reiterou, confessando
que hoje foi “ao limite” para defender a liderança da geral.
Eterno rival de ‘MVDP’, Wout
van Aert (Jumbo-Visma) reconheceu que, por ser o principal adversário do
holandês na geral, nunca conseguiu distanciar-se dele, e afastou completamente
uma candidatura à geral, num dia em que o seu líder Primoz Roglic se ‘afundou’,
dizendo que é “demasiado pesado”.
“Primoz
teve uma boa prestação no contrarrelógio, foi impressionante. É uma pena vê-lo
sofrer tanto, mas uma etapa como a de hoje não ajuda”,
evidenciou o belga, referindo às mazelas que o esloveno, que está já a mais de
nove minutos da amarela, sofreu na terceira etapa da 108.ª edição.
Outro dos azarados entre os
favoritos, o galês Geraint Thomas, também passou dificuldades durante a sétima
etapa, vencida pelo Matej Mohoric (Bahrain Victorious), explicando que teve de
“vir de trás” para recuperar posições no pelotão em “algumas das subidas duras”
no final da tirada.
“Estou
bem, mas a queda que sofri foi grave. É fácil convencer-me que estou bem, mas
custa muito, como se pode ver pelo Roglic. Estou a sofrer, mas espero melhorar
em breve”, confessou o vencedor do Tour2018.
Fonte: Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário