O ciclista Egan Bernal lembrou que a Volta a França também se ganha em etapas como a sétima, em que o trabalho da INEOS e o vento distanciaram Tadej Pogacar (UAE Emirates) e Mikel Landa (Bahrain-McLaren) na geral.
“Tínhamos a certeza que, à
saída de Castres, tínhamos de estar bem colocados. Vimos que tínhamos de
aproveitar a oportunidade para cortar o grupo. A Volta a França também se ganha
em etapas como esta”, frisou o campeão em título, no final de uma sétima etapa
quase totalmente plana.
Ainda assim, o colombiano da INEOS,
que é quarto na geral individual, reconheceu que esperava “um dia duro, mas não
tanto”. “Era preciso estar na frente na primeira subida e não houve descanso em
toda a jornada”, pontuou.
O trabalho da formação
britânica, que pegou na corrida à entrada dos 30 quilómetros finais, numa
altura de forte vento lateral provocou ‘estragos’ no pelotão, nomeadamente nas
pretensões do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), que era terceiro à partida
para a sétima etapa, e do espanhol Mikel Landa (Bahrain-McLaren), que cortaram
a meta a 01.21 minutos dos restantes favoritos e do vencedor da tirada, o belga
Wout van Aert (Jumbo-Visma).
E se o jovem da UAE Emirates
foi pronto na reação, desvalorizando o tempo perdido e esclarecendo que ficou
cortado devido a uma queda que aconteceu à sua frente, Landa deixou o seu
diretor desportivo falar por si.
“Sabíamos que era um dia difícil, com muito
stress por causa do vento. Fizemos um bom trabalho na primeira parte da corrida
e seguimos no grupo certo nos primeiros cortes. Infelizmente, tivemos um
momento crítico, que nos deixa numa má situação e nos fez perder tempo na
geral”, lamentou Gorazd Stangelj.
O diretor da Bahrain-McLaren
não poupou o seu líder, dizendo que o espanhol estava “no lugar errado, no
momento errado”.
Também o duo para a geral da
Trek-Segafredo, o holandês Bauke Mollema e o australiano Richie Porte, foram
apanhados no ‘corte’ provocado pela INEOS e chegaram no grupo que cortou a meta
a 01.21 minutos.
“Podia ter sido pior. O Richie
e eu tivemos a sorte de outras equipas terem ficado também no corte. Aconteceu
tudo muito rápido, o corte aconteceu cinco lugares diante de mim, depois de
duas rotundas. De seguida, não havia muito a fazer. Cometemos um erro ao estar
muito cá atrás quando faltavam 35, 30 quilómetros, é uma pena. Não podíamos
perder tempo numa etapa como esta”, admitiu o experiente Mollema, que era 11.º
à partida.
Porte também desvalorizou o
tempo perdido, considerando que não se tratou de “um enorme desastre, tendo em
conta os dois próximos dias”, duas etapas nos Pirenéus.
Já o camisola amarela, o
britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott), lamentou que a jornada não tenha sido
mais tranquila, pois gostaria de ter descansado antes dos Pirenéus.
“A corrida começou muito forte
e não tivemos um momento de descanso, tínhamos de estar atentos. Consegui
acabar sem problemas, mas foi uma jornada de loucos”, descreveu.
A oitava etapa, que se
disputou este sábado, numa ligação de 141 quilómetros entre Cazères-sur-Garonne
e Loudenvielle incluiu subidas aos emblemáticos Port de Bàles (contagem de
categoria especial) e Col de Peyresourde (primeira categoria), situado a 11,5
quilómetros da meta.
Fonte: Sapo on-line
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