Por: Lusa
Foto: DR
A Federação Portuguesa de
Ciclismo (FPC) colocou em ação no fim de semana um plano delineado para
antecipar o risco da participação de atletas das zonas mais afetadas pelo surto
de covid-19.
No Grande Prémio de Portugal
de BMX, que decorreu no município de Anadia, distrito de Aveiro, em torno do
Velódromo Nacional de Sangalhos, a federação seguiu as práticas da
Direção-Geral de Saúde (DGS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), aplicando
ainda uma medida preventiva junto dos inscritos na corrida.
"O que fizemos foi
simplesmente tentar observar se poderia haver algum risco, observar se as
pessoas estavam sintomáticas e recomendar fortemente, à luz do que são as
recomendações da OMS e da DGS", explicou à Lusa o médico da FPC Filipe
Lima Quintas.
Durante o Mundial de ciclismo
de pista, que terminou no domingo em Berlim, Quintas esteve reunido com
"um painel de médicos de várias outras federações" e a União Ciclista
Internacional (UCI), no qual foram discutidas várias medidas preventivas em
linha com a OMS e a DGS, para impedir "não só a disseminação da doença no
mundo desportivo, como também para a população em geral".
Dessa reunião surgiu a medida
de contactar "pessoas que potencialmente viriam para as provas", um
plano que vai continuar para as próximas provas em solo português.
Por não existirem ainda
"normas ou indicações para eventos de massa do âmbito desportivo", a
FPC adaptou, assim, as "boas práticas da DGS" para aglomerados de
pessoas, seja em eventos ou grandes empresas, e "tentar aplicar à realidade"
do ciclismo.
Evitar "viagens
desnecessárias" e que toquem em regiões de risco é uma medida em linha com
as práticas internacionais, incluindo recomendações do Comité Olímpico
Internacional (COI), e que são recomendações deixadas pela FPC aos próprios atletas.
O surto de Covid-19, detetado
em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia,
provocou mais de 3.000 mortos e infetou quase 90 mil pessoas em 67 países,
incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca
de 45 mil recuperaram.
Além de 2.912 mortos na China,
há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França,
Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário