Os italianos, de resto, somaram a sétima vitória em etapa da 104.ª edição, uma em cada três, num ano positivo para o país da primeira das três grandes Voltas, a quatro semanas da Volta a França.
O italiano Filippo Ganna furou
nos últimos quilómetros do contrarrelógio final da Volta a Itália em bicicleta,
mas venceu a 21.ª etapa, que consagrou o companheiro da INEOS, o colombiano
Egan Bernal, como vencedor final.
Num exercício de 30,3
quilómetros entre Senago e Milão, ganho pelo campeão do mundo com um tempo de
33.48 minutos, o português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) foi quinto, a 27
segundos do vencedor, e aproveitou para subir dois lugares na classificação
geral final, para o sexto posto, a menos de um segundo do quinto, depois de em
2020 ter acabado no quarto lugar.
Bernal, de 24 anos, junta o
Giro à vitória na Volta a França de 2019, após ter conseguido também dois
triunfos em etapa nesta 104.ª edição. O italiano Damiano Caruso
(Bahrain-Victorious) acabou em segundo, a 1.29 minutos, enquanto o britânico
Simon Yates (BikeExchange) fechou o pódio, a 4.15.
Num contrarrelógio no qual as
maiores incógnitas eram quem ficava em segundo ou terceiro, e quantos lugares
poderia João Almeida subir, mais do que quem seria o vencedor final, Ganna
ainda assim trouxe ‘suspense’ à prova.
Depois de um contrarrelógio em
que esteve longe do seu melhor, teve um furo nos últimos quilómetros, e a troca
de bicicleta ameaçava a possibilidade de vencer, mesmo que tenha terminado com
uma média de 53,8 quilómetros por hora.
O francês Rémi Cavagna
(Deceuninck-QuickStep), que foi segundo a 12 segundos, perfilava-se como a
principal ameaça, mas também ele sofreu um azar, ao cair numa reta, e ficou
longe da vitória, que também não esteve nas opções de Nelson Oliveira
(Movistar), outro especialista, que ficou num modesto 40.º, para acabar no 27.º
lugar final, uma subida de uma posição.
Ficou ‘feita’ a sexta etapa de
Ganna, de apenas 24 anos, no Giro, com o campeão mundial da especialidade a
vencer seis ‘cronos’ de seguida na prova, que já não conhece outro vencedor na
luta contra o relógio desde o norte-americano Chad Haga em 2019.
Na batalha pela geral, Bernal
limitou-se a defender a vantagem que trazia e, embora tenha visto Damiano
Caruso aproximar-se, não esteve em questão a possibilidade de juntar esta
vitória à da Volta a França em 2019.
É o segundo colombiano a
triunfar na ‘corsa rosa’, depois de Nairo Quintana (então também com 24 anos)
em 2014, com o líder da INEOS a assinalar hoje o momento erguendo os braços ao
cortar a meta no final do ‘crono’, num ano em que ainda pode tentar a Volta a
Espanha.
O ‘crono’ consagrou ainda os
vencedores de classificações secundárias, com o eslovaco Peter Sagan
(BORA-hansgrohe) a conquistar a dos pontos, o francês Geoffrey Bouchard (AG2R
Citroën) a da montanha, e a própria INEOS a triunfar por equipas.
Bernal levou também a
classificação da juventude, na qual Almeida, o mais jovem ciclista entre o ‘top
10’, foi terceiro, atrás do colombiano e do russo Aleksandr Vlasov (Astana),
quarto na geral final.
Abaixo, e com Vlasov em grande
forma, João Almeida ‘galgou’ duas posições com um excelente contrarrelógio, e
até podia ter acabado no quinto lugar não fosse uma diferença de cerca de meio
segundo, calculada pelos centésimos de segundo nesta e na etapa inaugural,
método de desempate.
O desempate ‘caiu’ para Daniel
Martínez, que enquanto gregário de luxo de Bernal mostrou credenciais, num dia
de sucesso também para Yates, que fez pódio após o ‘descalabro’ de 2018, e para
Caruso, um ‘domestique’ tornado líder após o abandono do espanhol Mikel Landa.
Os italianos, de resto,
somaram a sétima vitória em etapa da 104.ª edição, uma em cada três, num ano
positivo para o país da primeira das três grandes Voltas, a quatro semanas da
Volta a França.
Fonte: Sapo on-line
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