Por:
Lusa
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José
Gonçalves (Katusha Alpecin) será o único representante luso na 101.ª edição da
Volta a Itália, que arranca na sexta-feira em Israel, à procura de uma vitória
em etapa fruto da "muita liberdade" dada pela equipa.
Com
29 anos, o campeão nacional de contrarrelógio em 2012 procura melhorar o
resultado da estreia, na edição centenária de 2017, em que foi 60.º no final,
depois da principal missão de apoiar o russo Ilnur Zakarin, que acabou no
quinto posto da geral.
Com
Zakarin a apontar baterias à Volta a França, a Katusha-Alpecin, dirigida pelo
português José Azevedo, terá 'licença' para atacar vitórias em etapa, com
corredores como José Gonçalves, o alemão Tony Martin, o britânico Alex Dowsett
ou o russo Maxim Belkov em busca de triunfos ao longo das 21 etapas.
A
equipa está "motivada para a corrida", como sempre acontece por ser
"uma das grandes competições no mundo do ciclismo", e o objetivo de
"lutas por etapas e não pela geral" confere aos oito escolhidos
"mais liberdade", revelou à Lusa antes do arranque do 'Giro'.
"Penso
nisso [vitórias em etapa]. Como não temos líder fixo, terei mais liberdade para
pensar em tentar, num ou noutro dia, fazer uma boa classificação e lutar pela
vitória", revelou, em declarações à agência Lusa.
Num
Giro com várias chegadas em alto e muitos dias de alta montanha, como é
apanágio da prova italiana, há várias etapas "adequadas" às
características do único português em prova, mas as sensações que tiver na
estrada e "as muitas situações ao longo dos dias" podem moldar a
estratégia.
A
preparação fez-se como "noutros anos" para as 'grandes' voltas, com um
treino "em altitude e uma corrida antes, para ganhar ritmo
competitivo", o que nos últimos dois anos passou pela Volta a Romandia, na
Suíça, 'casa' da Katusha-Alpecin.
Uma
das questões mais levantadas sobre o primeiro arranque no estrangeiro da prova,
que sai de Jerusalém para a primeira etapa, é a segurança, mas José Gonçalves
não espera encontrar problemas, porque "vai haver muita segurança e não há
que ter medo de nada".
No
terceiro ano na equipa suíça, o ciclista luso deve juntar a Vuelta ao Giro, contou
o corredor, e a participação noutras provas dependem "de como sair de
Itália".
Em
2018, a temporada começou na Austrália, no Tour Down Under, e passou por um
17.º lugar na Cadel Evans Great Ocean Road Race (WorldTour), antes da Volta ao
Algarve (57.º) e o Tirreno Adriatico (28.º).
Na
Romandia, seguia em 11.º na geral até à quarta etapa, quando teve "um mau
dia" e perdeu muito tempo, acabando a prova suíça em 65.º, numa temporada
em que registou ainda um 53.º lugar na Milan-Sanremo antes de quatro abandonos
consecutivos nas clássicas belgas (E3 Harelbeke, Gent-Wevelgem, Dwars door
Vlanderen e Volta a Flandres).
Em
2017, participou na Vuelta depois do Giro, mas abandonou na sexta etapa, numa
época marcada pela vitória no Ster ZLM (Holanda), o 11.º lugar na italiana
Strade Bianchi, e o quarto lugar nos Nacionais de fundo.
A
101.ª edição da Volta a Itália arranca na sexta-feira com um contrarrelógio
individual em Jerusalém, em Israel, e prolonga-se por três semanas e 21 etapas,
terminando em 27 de maio, em Roma.
Fonte:
Record on-line
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