Carlos Barbero (Movistar Team) foi
batido ao sprint, em cima da linha de meta, em Portel, mas as bonificações -
importantíssimas na “Alentejana - levaram-no à Camisola Amarela Crédito
Agrícola no final da segunda etapa discutida esta quinta-feira. Com o segundo
lugar na etapa e a passagem em primeiro numa meta volante, o espanhol ganhou
protagonismo e passou a liderar a prova com três segundos de vantagem sobre o
anterior comandante, Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira).
Carlos Barbero, vencedor em 2014, está
agora ainda mais perto de conseguir quebrar a tradição da “Alentejana”, única
prova no mundo por etapas que nunca conheceu um duplo vencedor. “Os meus
colegas protegeram-me muito bem durante todo o dia e só faltou a vitória. Não
será fácil chegar ao final com a amarela porque esta prova é muito nervosa,
todos os dias se decide ao segundo. Todos me perguntam o mesmo mas eu estou
apenas concentrado em trabalhar todos os dias.”, explicou o espanhol da equipa
Pro Tour Movistar.
A chegada a Portel em coluna compacta
revelou que o Alentejo é um terreno fértil para o holandês Jacob Ariesen (Metec
TKH) que foi o mais forte no sprint e o vencedor da etapa. Em três
participações na prova alentejana esta foi a quarta vitória de Ariesen. A
chegada foi muito nervosa, vimos a última curva e já estávamos nos 300
metros... só pensei em arrancar para a vitória! Esta é um a prova muito
importante para a equipa e para mim é muito bom ganhar outra vez aqui. Sou um
homem de sprint, não gosto de subidas e como ainda faltam três etapas vou
tentar ganhar de novo. “ declarou o holandês voador.
“Empurrados” pelas bonificações
Os 147 corredores que saíram de Monforte
esta quinta-feira fizeram-no em andamento vivo com muitas tentativas de fuga.
Era a luta pela bonificações nas Metas Volantes a falar mais alto! As duas
primeiras horas de prova foram percorridas à média de 46 km/h. Na passagem pelo
Redondo, segundo “ponto quente do dia”, a guerra envolveu os melhores da
classificação geral e, apesar da Amarela de Nocentini se vislumbrar entre os
que discutiram esse sprint, foi Carlos Barbero quem mais amealhou.
Para além de ser o novo Camisola Amarela
Crédito Agrícola, Barbero acumula também a Camisola Preta KIA da classificação
por pontos. Com uma única contagem para o Prémio da Montanha, em Monsaraz, a
Camisola Castanha Delta Cafés reservada aos trepadores continua na posse do
colombiano Aldemar Reyes (Manzana Postobón). Edward Dunbar (Axeon Hagens
Berman) é agora o jovem melhor classificado e tem a Camisola Branca RTP da
juventude.
De Mourão a Mértola, uma maratona de
quilómetros
A terceira tirada, a mais longa, levará
a caravana até à “Capital “do Vale do Guadiana. Com 208 quilómetros de
extensão, tem início esta sexta-feira na Praça da República, em Mourão, às
10h50. Totalmente “plana”, sem montanha à vista, os corredores terão
oportunidade de bonificar nas metas volantes de Moura, Beja e Castro Verde. A
meta instalada em Mértola vai receber o pelotão da 35ª Volta ao Alentejo
Crédito Agrícola perto das 16 horas.
Fonte: Podium
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