Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Mathieu van der Poel voltou a
sublinhar o seu estatuto de referência no ciclocrosse com um triunfo
autoritário em Koksijde. O campeão do mundo somou a quinta vitória na ronda da
Taça do Mundo na Flandres Ocidental, impondo-se nas exigentes areias do Duinencross.
Com os seus principais rivais ausentes na partida, o neerlandês deixou poucas
dúvidas sobre a hierarquia atual.
A antecâmara do fim de semana
estava marcada pelo primeiro duelo da época entre Van der Poel e Wout van Aert,
mas esse confronto ficou circunscrito a Antuérpia. Em Koksijde, Van Aert não
constava na start list, tal como Thibau Nys. Assim, Van der Poel alinhou na
areia pesada perante um pelotão sem um adversário declarado ao seu nível.
Antes da corrida, Van der Poel
procurou baixar as expectativas, sugerindo que iria construir o esforço de
forma gradual. A intenção, porém, durou pouco. Já na segunda volta, o campeão
do mundo disparou a primeira aceleração, ameaçando de imediato tornar a corrida
inalcansável. A iniciativa abriu espaço, mas o especialista na areia Laurens
Sweeck não desistiu.
O belga fechou o espaço por
conta própria e reaproximou um pequeno grupo perseguidor, com Tibor Del Grosso,
Toon Aerts e Niels Vandeputte. Por instantes, a corrida recuperou tensão
competitiva, embora por pouco tempo.
A manobra decisiva
Passados pouco mais de vinte
minutos de prova, Van der Poel voltou a subir o ritmo, desta vez com maior
autoridade. Se os ataques anteriores tinham encontrado resposta, esta
aceleração foi definitiva. Del Grosso e Vandeputte tentaram reagir, mas cederam
rapidamente, enquanto Sweeck também via a diferença ampliar-se.
No início da quinta volta, Van
der Poel já dispunha de cerca de vinte segundos de vantagem. A partir daí,
geriu o esforço e focou-se numa condução controlada e sem erros. A luta pela
vitória ficou selada, mas atrás a discussão pelos restantes lugares do pódio
manteve-se aberta.
A luta
pelo segundo lugar
O grupo perseguidor continuou
a discutir as posições secundárias. Del Grosso, Vandeputte e Sweeck
igualaram-se durante grande parte da fase final, com Aerts ainda à espreita.
Del Grosso, em particular, destacou-se. O campeão neerlandês correu com atenção
e brilhou na areia, apesar do visível desconforto nas costas.
No desfecho, foi Sweeck quem
melhor cronometrara o esforço. Na última volta, lançou uma série de acelerações
secas nas zonas de areia, afastando decisivamente os rivais. Vandeputte
garantiu o terceiro lugar, enquanto Del Grosso falhou o pódio por pouco, terminando
em quarto.
Para Van der Poel, a vitória
representou o 46º triunfo em etapas da Taça do Mundo da carreira e mais uma
confirmação do seu patamar excecional na disciplina. Impecável, sereno e
aparentemente sem esforço, ditou a corrida no momento-chave numa das provas mais
duras da época de ciclocrosse.
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