Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Durante o período de Natal,
muitos profissionais regressaram a casa para estar com a família e passar
alguns dias longe do foco total no ciclismo. Foi o caso de Remco Evenepoel, que
voltou à Bélgica e, num treino, foi visto nas subidas da Volta à Flandres.
Poderá isto significar algo?
É um tema que parecia
encerrado após o anúncio do calendário do campeão olímpico, mas que agora
voltou à discussão. Deve ser visto com cautela, já que o plano dificilmente
mudará, mas é legítimo levantar questões após os detalhes partilhados pelo Het
Nieuwsblad.
O jornal belga divulgou um
pequeno vídeo de Evenepoel a treinar na zona e, segundo relatos, fê-lo ao lado
do futuro colega de equipa Gianni Vermeersch, apontado para liderar a equipa na
Flandres, e dos diretores desportivos Klaas Lodewyck e Sven Vanthourenhout.
Pode simplesmente ter acontecido que Evenepoel, local, embora atualmente passe
a maior parte do tempo em Espanha, se tenha juntado ao grupo por estar nas
redondezas.
Mas pode não ser coincidência,
e os planos para correr a Flandres podem estar a ser mantidos em privado para
reduzir perguntas e pressão externas. Há precedentes claros, como o Mundial de
ciclocrosse de Wout van Aert e a estreia de Tadej Pogacar no Paris-Roubaix em
2025, decisões aparentemente tomadas semanas antes, mas só partilhadas quando
já eram incontornáveis. Poderá Evenepoel estar na mesma lógica?
A
Flandres encaixa no calendário?
Embora Vermeersch ofereça
algumas garantias, não haverá grande discussão sobre as ambições da Red Bull -
BORA - Hansgrohe se Evenepoel não alinhar à partida. O fator tático nas
clássicas do empedrado tem perdido peso ao longo dos anos, especialmente com a
ascensão de corredores como Mathieu van der Poel, Tadej Pogacar e Mads
Pedersen, que na primavera passada dominaram qualquer setor em mau piso,
mostrando um nível acima da concorrência em quase todas as corridas.
Mas a questão central é se
Evenepoel quererá encaixar esta corrida. Se for possível, a resposta é
naturalmente sim. Vai correr a Volta à Catalunha em março e depois as Ardenas
em abril. Não é uma primavera carregada, enquadrada no plano de ter uma época “normal”,
reduzindo riscos de lesão e afinando o pico de forma onde realmente interessa.
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