Por: Miguel Marques
A Volta a Itália é a primeira
Grande Volta do calendário e, em 2025, começa com uma estreia absoluta: a
Albânia acolhe pela primeira vez uma etapa de uma das três grandes provas por
etapas. O percurso apresenta uma segunda metade montanhosa, mas a primeira
parte inclui armadilhas, como uma etapa inspirada na Strade Bianche. A jornada
de sábado, segunda da corrida, propõe um esforço individual explosivo nas ruas
da capital albanesa.
A etapa 2 será um contrarrelógio individual curto, mas desafiante, com 13,7 quilómetros e um perfil longe de ser plano. A meio do percurso, os ciclistas enfrentam uma subida exigente em pleno centro de Tirana.
A curta distância obriga a um
esforço explosivo e total desde o quilómetro zero, onde cada segundo pode ser
decisivo tanto para a vitória de etapa como para a camisola rosa. A subida
central tem 1,5 quilómetros a 4,9% e o ponto intermédio está localizado ao fim
de 8,1 km. Após o topo, os ciclistas enfrentam uma descida rápida na mesma
estrada, antes de regressarem ao plano, onde curvas técnicas podem ser
determinantes.
O Tempo
A previsão aponta para vento de noroeste a intensificar-se ao longo da tarde, o que pode favorecer os primeiros a partir. Além disso, há uma pequena probabilidade de chuva no início da tarde, o que poderá afetar os tempos e a confiança dos ciclistas em zonas técnicas.
Os
Favoritos
Pedersen
vs Van Aert pela rosa?
Wout van Aert é um dos
melhores especialistas da atualidade neste tipo de esforço, mas mostrou
fragilidades na subida final da etapa 1, o que levanta dúvidas sobre a sua
condição real. O belga da Visma pode sonhar com a camisola rosa, mas tem apenas
seis segundos de vantagem sobre parte do pelotão, e isso pode não ser
suficiente face a contrarrelogistas mais puros. Mads Pedersen, atual líder,
também se defende bem nestes esforços curtos e poderá manter a liderança,
dependendo de como digeriu a subida de hoje.
Luta pela
geral entra no jogo
Primoz Roglic e Juan Ayuso são
os dois principais candidatos à classificação geral e também os mais fortes
entre os trepadores no contrarrelógio. A subida intermédia favorece ambos, e,
sendo este um esforço curto, a diferença entre eles pode ser mínima. Ainda
assim, qualquer segundo ganho sobre rivais diretos pode ser precioso neste
início de Volta.
Especialistas
em contrarrelógio: Tarling, Affini e companhia
Joshua Tarling é o nome mais
sonante entre os puros especialistas, embora a subida possa travar um pouco a
sua potência. Mesmo assim, nos segmentos planos, o britânico pode fazer valer o
seu motor para lutar pela vitória. Edoardo Affini, campeão europeu da
disciplina, também poderá brilhar num dia sem erros. Se tiver boas sensações,
tem o perfil ideal para esta etapa.
Outros
nomes a seguir incluem:
Antonio Tiberi, que pode
reforçar a sua posição na luta pela geral;
Jay Vine, caso recupere bem da
queda;
Derek Gee e Thymen Arensman,
incógnitas após o tempo perdido na etapa 1;
Brandon McNulty e Isaac del
Toro, cartas fortes da UAE;
Mathias Vacek, que brilhou no
trabalho para Pedersen e pode surpreender;
E ainda Jan Tratnik, Kasper
Asgreen, Lorenzo Milesi, Mattia Cattaneo e Ethan Hayter, todos eles capazes de
um top 10 numa boa jornada.
Previsão para a 2ª etapa da
Volta a Itália:
*** Joshua Tarling, Primoz
Roglic
**Juan Ayuso, Wout van Aert,
Mathias Vacek, Mads Pedersen
*Antonio Tiberi, Derek Gee,
Edoardo Affini, Mattia Cattaneo, Ethan Hayter, Brandon McNulty, Isaac del Toro,
Jay Vine
Escolha: Primoz Roglic
Original: Rúben Silva
O percurso e o contexto tático
tornam esta etapa uma das mais imprevisíveis da primeira semana. Não decidirá o
vencedor final, mas poderá eliminar nomes e dar um primeiro sinal de força.
Pode visualizar este artigo
em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/anteviso-2-etapa-da-volta-a-itlia-2025-roglic-e-ayuso-no-primeiro-embate-para-a-classificao-geral-com-wout-van-aert-de-olho-na-camisola-rosa
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