"Tive um ano bastante positivo na estrada. Foi também bastante longo. Vou terminá-lo com resultados bastante positivos e a estreia olímpica, que foi bastante importante para mim”, atira
Foto: Lusa
A ciclista portuguesa Daniela
Campos compete nos Mundiais de ciclismo de pista em Ballerup, na Dinamarca, no
final de uma “época bastante longa” na estrada, mas em que somou resultados
históricos.
“Tive um ano bastante positivo
na estrada. Foi também bastante longo. Vou terminá-lo com resultados bastante
positivos e a estreia olímpica, que foi bastante importante para mim”, resume a
jovem de 22 anos, em entrevista à Lusa.
Antes da transição de sub-23
para as elites, há muito que a ciclista algarvia vem acumulando experiência,
mas 2024 foi um ano de afirmação, começando logo em março, quando deu à sua
equipa, a espanhola Eneicat-CM, a vitória numa das etapas da Volta à Guatemala.
Correu depois a Volta a
Espanha e, em junho, ‘bisou’ nos Nacionais, impondo-se no fundo e no
contrarrelógio, seguindo depois para a Volta a Portugal, que acabou no terceiro
lugar final.
Em agosto, estreou-se em Jogos
Olímpicos, terminando a corrida de fundo de Paris2024 no 41.º lugar, como a
primeira ciclista portuguesa na estrada desde Ana Barros em Atlanta1996.
O melhor viria no final de
agosto, com a vitória no contrarrelógio final da Volta à Colômbia, que lhe
valeu o triunfo na classificação da juventude e o quarto lugar na geral final,
seguindo depois para os Europeus e Mundiais de estrada antes de voltar à pista.
Em Ballerup, vai competir na
corrida por pontos, na terceira participação num Mundial e após um oitavo lugar
na edição anterior, em Glasgow2023, que podia colocar pressão, rejeitando,
ainda assim, colocar uma fasquia específica.
“Se os resultados forem
positivos, é um acréscimo”, diz, simplesmente.
Na “última corrida do ano”,
afirma, quer “dar o melhor e dar continuidade ao processo” que tem atravessado
como ‘pistard’, em que já conquistou medalhas em Europeus de sub-23, além de
contribuir para o processo olímpico para Paris2024, em que esteve presente
Maria Martins.
“Os Jogos Olímpicos são o
objetivo de qualquer atleta de alto rendimento. Estreei-me com apenas 22 anos,
ainda estou a acabar a fase sub-23. Nos Jogos, há diferença grande de nível
entre atletas, e por isso acredito que nos próximos os objetivos e expectativas
serão bastante diferentes”, analisa.
Os Mundiais de ciclismo de
pista decorrem em Ballerup, na Dinamarca, até domingo, com uma seleção
portuguesa encabeçada pelo campeão olímpico do madison Rui Oliveira e que
inclui ainda Ivo Oliveira, Diogo Narciso, Maria Martins e Daniela Campos.
Fonte: Record on-line
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