O juiz de instrução criminal procedeu à notificação das partes da decisão instrutória
Por: Lusa
Foto: W52-FC Porto
O Tribunal de Instrução
Criminal de Penafiel decidiu esta sexta-feira levar a julgamento todos os
arguidos (26) do processo 'Prova Limpa',
que envolve antigos dirigentes e ciclistas da W52-FC Porto, "nos exatos termos da acusação do Ministério Público
[MP]".
A informação foi adiantada à
agência Lusa por fonte judicial, no dia em que o juiz de instrução criminal
procedeu à notificação das partes da decisão instrutória, a qual pronúncia
(leva a julgamento) todos os 26 arguidos.
Entre os 26 arguidos estão
Adriano Teixeira de Sousa, conhecido como Adriano Quintanilha, a Associação
Calvário Várzea Clube De Ciclismo - o clube na origem da equipa, o antigo
diretor desportivo da W52-FC Porto Nuno Ribeiro e o seu adjunto, José
Rodrigues, que vão responder pelos crimes de tráfico de substâncias e métodos
proibidos, assim como pelo crime de administração de substância e métodos
proibidos.
João Rodrigues, Rui Vinhas,
Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Daniel Mestre, José Neves, Ricardo Vilela,
Joni Brandão e José Gonçalves todos a cumprirem suspensões impostas pela pela
Autoridade Antidopagem de Portugal, e Jorge Magalhães, cujo processo continua a
decorrer na instância desportiva, são os antigos ciclistas da W52-FC Porto que
vão a julgamento pelo crime de tráfico de substâncias e métodos proibidos,
assim como Daniel Freitas, que representou os 'dragões'
entre 2016 e 2018.
Também o antigo ciclista Hugo
Sancho, já retirado e a cumprir quatro anos de suspensão por anomalias no
passaporte biológico, vai responder pelos crimes de tráfico e administração de
substâncias e métodos proibidos.
A instrução, fase facultativa
que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que
moldes para julgamento, foi requerida por alguns dos arguidos.
O Ministério Público acusou
Adriano Sousa, Nuno Ribeiro, diretor desportivo da equipa à data da operação 'Prova Limpa', e o contabilista e diretor
geral Hugo Veloso de terem elaborado "um
esquema" de dopagem na
W52-FC Porto, para "aumentarem a
rentabilidade" dos
ciclistas, segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.
De acordo com o despacho da
acusação, que acusou 26 arguidos de tráfico de substâncias e métodos proibidos
e, desses, 14 de administração de substância e métodos proibidos, no âmbito da
operação 'Prova Limpa', Quintanilha, Ribeiro e Veloso terão
formulado, "pelo menos desde o ano de
2020", o propósito "de
aumentarem a rentabilidade dos seus ciclistas [...] com o intuito de obterem
melhores resultados".
O julgamento, por um tribunal
coletivo, vai realizar se no Tribunal de Penafiel.
Fonte: Record on-line
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