Por: SIF // AMG
Um ataque do ciclista
equatoriano Richard Carapaz (INEOS), vencedor da sexta etapa, e do colombiano
Sergio Higuita (BORA-hansgrohe), novo líder da geral, ‘atirou’ hoje
o português João Almeida (UAE Emirates) para terceiro na Volta à Catalunha.
Carapaz, de 28 anos, levou a
melhor no ‘sprint’ a dois e cumpriu os 168,6 quilómetros entre Salou
e Cambrils em 4:09.19 horas, à frente de Higuita e de um pelotão restrito, no
qual o australiano Kaden Groves (BikeExchange-Jayco) foi terceiro, a 48
segundos.
Os dois ciclistas atacaram o
pelotão a 130 quilómetros da meta, junto com outros fugitivos, e ‘resistiram’ na
frente com um ataque à antiga, de muito longe, que acabou por elevá-los aos
dois primeiros lugares da etapa, na qual Carapaz levou a melhor, e da geral, em
que Higuita está acima do campeão olímpico de fundo em Tóquio2020.
Após um dia ‘longo’, cheio de movimentações, algumas
delas polémicas, João Almeida acabou por cortar a meta em 19.º, e agora é
terceiro na geral, a 52 segundos do colombiano, novo líder, e a 35 do
equatoriano, que é segundo.
O luso perde ainda a liderança
da juventude, que também é de Higuita, num dia marcado por este ataque arrojado
e pela sua resposta – ou falta dela – por parte da equipa do líder, a UAE
Emirates.
Com Rui Costa como principal
gregário, já depois do espanhol Marc Soler ter tentado minimizar as perdas, foi
o papel do jovem Juan Ayuso, que é quinto na geral, a dar que falar, uma vez
que não trabalhou para o chefe de fila, primeiro, e chegou mesmo a isolar-se na
frente, na descida do Coll de la Teixeta, a última subida categorizada do dia,
aproveitando ainda segundos de bonificação.
No fim de contas, tanto Ayuso,
que acabou em 20.º, uma posição abaixo de Almeida, como outros escapados, entre
eles o colombiano Nairo Quintana (Arkéa Samsic), agora quarto na geral,
acabaram por chegar junto do líder, que perdeu esse estatuto a um dia do fim da
prova catalã.
No final da corrida, o
ciclista português admitiu que tinha cometido um erro na primeira subida, em
que estava “muito atrás”, num “dia duro e agravado pelas condições climatéricas”,
com chuva e muito frio.
Ainda assim, esperando “um dia difícil e complicado”, reconheceu
a surpresa pelo ataque da dupla Carapaz-Higuita e, sobre o ataque de Ayuso,
explicou que lhe disse “para ir sozinho”.
“No
final, esteve no grupo da frente, e atrás também tiveram de trabalhar. Não foi
péssimo, salvámos mais ou menos o dia. [...] Gosto sempre de olhar para os
pontos positivos numa corrida, e podemos estar orgulhosos da Volta que fizemos.
Vamos recuperar e ver em que pé estamos amanhã [domingo]”,
declarou.
No domingo, a sétima e última
etapa não será um ‘passeio’,
com 138,6 quilómetros com partida e chegada em Barcelona a incluírem cinco
contagens de montanha de segunda categoria, tantas quantas as passagens pelo
Alto do Castelo de Montjuïc.
Rui Costa acabou hoje por
cortar a meta em 56.º, a 4.45 minutos, e subiu ao 75.º posto, a mais de 47
minutos do líder, enquanto Ivo Oliveira, também da UAE Emirates, é 111.º.
Por: Lusa
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