Mauro Vegni contesta as críticas do ciclista belga Thomas de Gendt
Fonte: LUsa
Foto: EPA
O diretor da Volta a Itália,
Mauro Vegni, assegurou esta sexta-feira o respeito pelo protocolo sanitário da
corrida, devido à pandemia de covid-19, e contestou as críticas do ciclista
belga Thomas de Gendt, apelando a uma "bolha de tranquilidade".
"Respeito os corredores e
os seus medos, porque, quando se trata da saúde, temos de ter muito cuidado.
Mas, como organizadores, somos cuidadosos todos os dias e empenhamos todas as
nossas forças nisso. Os desportistas devem comportar-se da mesma maneira e isso
ajudaria a criar uma bolha de tranquilidade", afirmou Vegni.
As declarações do diretor do
Giro, que é liderado pelo português João Almeida (Deceuninck-QuickStep),
ocorreram depois de o corredor da Lotto Soudal ter dito que a organização
"esconde coisas" e que o pelotão estava a começar a sentir-se em
perigo.
"Falei com o responsável
da equipa e disse que o Thomas de Gendt deveria ter cuidado com o que diz.
Dizer que podemos ter manipulado os resultados é muito grave. A saúde
internacional está em jogo", referiu Vegni.
O responsável reiterou a
intenção de levar a prova até ao fim, em Milão, em 25 de outubro, apesar dos
receios e do abandono de duas equipas, casos da Jumbo-Visma e da
Mitchelton-Scott.
"Não percebo porque
deveríamos acabar o Giro. O Giro deve continuar, sem dúvida. Antes da partida
sabíamos que o vírus nos iria atacar, mas a única coisa a fazer é seguir o
nosso caminho e manter a cabeça erguida", vincou.
Vegni explicou ainda que os 17
casos de infeção pelo novo coronavírus anunciados na quinta-feira entre
polícias ocorreu numa prova paralela à 'corsa rosa', que é disputada por
bicicletas elétricas.
Além deste caso, na
quinta-feira, a equipa norte-americana Education First, do português Ruben
Guerreiro, pediu que a prova fosse dada como concluída na segunda-feira,
segundo dia de descanso.
Os 11 testes positivos em
quatro equipas, além de outro 'staff', incluindo polícias que não estão dentro
da 'bolha', mas acompanham a prova, bem como "o período de incubação de
sintomas ou positivos" foram os principais motivos evocados pela formação
norte-americana, que já venceu várias etapas, uma com Ruben Guerreiro, que
lidera a classificação da montanha.
"Para a saúde de
ciclistas, 'staff', e comunidades através das quais vamos correndo,
recomendamos que o Giro seja terminado antecipadamente. Acreditamos que seria
melhor acontecer de forma sistemática do que uma desistência caótica, equipa a
equipa. O segundo dia de descanso parece um final natural para a corrida,
podendo declarar vencedores e uma prova bem-sucedida", pode ler-se na
missiva.
Em resposta a este pedido,
numa carta a que a Eurosport teve acesso, o presidente da União Ciclista
Internacional (UCI), David Lappartient, destacou as medidas colocadas em
prática para minimizar os impactos da pandemia de covid-19 por parte do
organizador, com testes rápidos prometidos para serem implementados entre
quinta-feira e hoje.
Fonte: Record on-line
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