quinta-feira, 8 de março de 2018

“SÓ A VITÓRIA INTERESSA À SKY”

Polémicas à parte, equipa britânica e Froome querem provar na estrada que continuam a ser os melhores

Por: Ana Paula Marques

Foto: EPA

Indiferente às polémicas que rodeiam a Sky por suspeitas de recuso a substâncias ilícitas e também aos que criticam o facto de estar a competir quando é investigado pelo controlo positivo na Vuelta, Chris Froome não fugiu a estes assuntos no arranque do Tirreno-Adriático, mas para dizer também que tanto ele como a equipa querem prova na estrada que são os melhores.

"Temos com uma grande equipa aqui e viemos para ganhar a geral", vincou o chefe de fila da mais rica equipa do pelotão mundial, com um orçamento a rondar os 40 milhões de euros.

Quanto ao resto, não passam de meras suspeitas que o parlamento britânico agudizou. "Vi o relatório, é ‘lixo’. Nunca vi o Wiggins a fazer o que dizem. Se não tivesse confiança na equipa, não estaria aqui", frisou ainda Chris Froome, que tem sido visado por alguns adversários pelo facto de teimar em competir enquanto o seu caso não tem uma decisão.

Um deles é o holandês Tom Dumoulin, vencedor do Giro. Esquivou-se aos jornalistas na conferência de imprensa de antevisão do Tirreno-Adriático, quando se apercebeu de que o assunto era Froome. Seja como for, alguém conseguiu ouvir dele que "se fosse o Froome, não estaria aqui".

Arranque em terceiro

O Tirreno-Adriático, em Itália, conhecida como a Corrida dos Dois Mares é a segunda prova de 2018 para Chris Froome, depois da estreia na Volta à Andaluzia. Trata-se também do seu regresso ao território italiano, onde não competia desde o Mundial de Florença, em 2013, ganho por Rui Costa. Alheio não está o facto de este ano apontar baterias para a Volta a Itália, a única prova de três semanas que ainda não ganhou.

O início do Tirreno foi bastante positivo, com o terceiro lugar da Sky no contrarrelógio coletivo, a apenas nove segundos da favorita BMC. "Os rapazes estiveram fortes, estou muito satisfeito com o resultado", sublinhou o diretor desportivo da Sky Matteo Tosatto, destacando o facto de Geraint Thomas e Froome estarem em condições de discutir a corrida, perspetivando que possam andar na frente na terceira e quarta etapas, com montanha.

Entre os portugueses, a Katusha, de José Gonçalves, em sexto, esteve melhor que a Movistar, de Nelson Oliveira, 12ª mais rápida. Referência ainda para a desistência de Mark Cavendish (Dimension), após queda, ele que já tinha abandonado também no primeiro dia e pelas mesmas razões a Volta a Abu Dhabi.

Fonte: Record on-line

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