Foi
há 33 anos que Joaquim Agostinho faleceu, depois de dez dias em coma em
consequência de um acidente na Volta ao Algarve de 1984.
Foi
em 1984 que uma queda levou o unanimemente considerado “melhor ciclista
português de todos os tempos”. Decorria a quinta etapa da Volta ao Algarve
daquele ano e Joaquim Agostinho estava a meros 300 metros da meta quando um cão
que se atravessou no seu caminho levou à queda do ciclista do Sporting. Por não
levar capacete, prática comum na época, a queda originou um hematoma epidural
agudo no crânio do atleta, mas tal não o impediu de terminar a etapa, combalido
e apoiando-se nos colegas de equipa. Transportado para Lisboa e operado 10
horas depois do acidente, Joaquim Agostinho haveria de ficar em coma,
sucumbindo a 10 de maio de 1984, aos 41 anos.
Curiosamente,
Joaquim Agostinho só aprendeu a pedalar aos 23 anos, demasiado tarde para o que
é habitual, mas isso não deteve este natural de Brejenjas, em Torres Vedras,
que depois de vencer o Campeonato Nacional de Fundo para Amadores foi incluído
na equipa do Sporting para a Volta a Portugal de 1968, estreando-se com um
segundo lugar. Em 1969 não haveria de ir além do sétimo posto, mas triunfou nas
três edições seguintes.
Ao
longo da sua carreira contou ainda com quatro vitórias em etapas da Volta a
França e dois terceiros lugares (1978 e 1979), bem como com um segundo lugar na
Vuelta de 1974. Ganhou seis vezes o Campeonato Nacional de fundo, a que somou
títulos nacionais de perseguição individual em 1971 e de contrarrelógio por
equipas em 1968 e 69, entre vários prémios conquistados com a camisola do
Sporting. Tais feitos valeram-lhe quatro Prémios Stromp na categoria Atleta
Profissional, conquistados nos anos de 1968, 1969, 1971 e 1972, aos quais se
juntaria ainda um quinto, na categoria Saudade, atribuído a título póstumo em
1984.
Fonte:
Jornal Económico on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário