Por: RBA // PFO
Rui Oliveira foi um dos
pioneiros em Portugal no ciclismo de pista, juntamente com o irmão Ivo, pelo
que a sua estreia olímpica em Paris2024, em madison, vai contar com a motivação
adicional de “orgulhar” o familiar.
“Obviamente que, ele não
estando cá, vou fazer o melhor possível para que ele esteja orgulhoso”, vincou
o gaiense, de 27 anos, à partida para os Jogos, dos quais Ivo ficou arredado de
poder ser chamado em virtude de uma queda, que obrigou a operação.
Em Paris, Rui não vai sentir
apenas falta do irmão, mas de todos aqueles que nos últimos anos têm
contribuído para o grande sucesso internacional do ciclismo de pista português
e que não vão poder estar no maior palco desportivo do Mundo.
“O ciclismo de pista tinha
10/11 anos em Portugal quando eu e o meu irmão começámos a ir aos campeonatos
da Europa e do Mundo e a ganhar as primeiras medalhas. Falhámos a qualificação
para Tóquio2020 por um lugar, foi frustrante. Passados três anos, apurámos nas
duas disciplinas (omnium e madison). Sinto-me triste por não ter cá todos os
atletas que fizeram parte da qualificação, principalmente o meu irmão”,
assumiu.
Rui e Ivo Oliveira, Iúri
Leitão, João Matias, Maria Martins e Daniela Campos têm sido os principais
embaixadores de Portugal nesta especialidade.
Quanto aos seus objetivos,
assume que ficar nos oito primeiros, os que recebem menção honrosa, é algo que
o deixaria satisfeito.
“Vou tentar cumprir o objetivo
de entrar no diploma e, quem sabe, num dia bom, tentar algo melhor...”,
assumiu.
O português recordou que o
madison é uma “corrida muito aberta” na qual durante uma hora “pode acontecer
muita coisa”, lembrando que há “muitas nações” a lutar pelas medalhas.
“Em dia bom, podemos estar na
discussão (dos primeiros lugares), mas é preciso muitas coisas alinharem-se”,
avisou o ciclista, que no madison terá a companhia de Iúri Leitão, que dois
dias antes participará no omnium, à qual chega como campeão do Mundo (2023).
Disse ainda que a prova de
estrada tem um trajeto adequado às suas características, contudo reconhece que
Nélson Oliveira e Rui Costa “são os que mais merecem” a honra que lhes coube.
“Só tenho de trabalhar para
nos próximos Jogos Olímpicos cumprir esse outro sonho”, concluiu.
Fonte: Lusa
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