Ciclista esloveno conquistou uma vantagem de 5 minutos sobre a concorrência na 8ª etapa da Volta à França
Por: Lusa
Foto: EPA
Tadej Pogacar (UAE Emirates)
rejeitou este sábado ter sentenciado a Volta a França em bicicleta, depois de
ter 'cavado' uma vantagem de cinco minutos para a concorrência, assumindo que
pode ser o seu maior rival na 108.ª edição.
"Não sentenciei o Tour, o
percurso ainda é longo, tudo pode acontecer. Hoje, consegui uma diferença
importante, pode ser que amanhã outros façam o mesmo", destacou o novo
camisola amarela, que foi quarto na oitava etapa, ganha pelo belga Dylan Teuns
(Bahrain Victorious).
O esloveno, de 22 anos, explicou
que decidiu endurecer a corrida e, posteriormente, atacar, a mais de 30
quilómetros da meta, ao perceber que os trepadores da INEOS, liderados pelo
equatoriano Richard Carapaz, "não estavam na sua melhor forma".
"Na
etapa de sexta-feira, todos correram contra nós, e hoje esperava que fosse
igual. Percebi que tinha de atacar, porque a melhor defesa é o ataque",
sublinhou o campeão em título, antevendo que, a partir de domingo, os seus
adversários procurem ganhar-lhe tempo todos os dias.
Questionado sobre se pode ser
o seu maior adversário à vitória final, 'Pogi' riu-se e disparou: "Sim,
provavelmente sim".
O esloveno lidera a
classificação geral diante do belga Wout van Aert (Jumbo-Visma), que manteve a
segunda posição, agora a 01.48 minutos, e do cazaque Alexey Lutsenko (Astana),
que subiu a terceiro, a 04.38, mas tem os seus grandes rivais, como Rigoberto
Úran (EF Education-Nippo), Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), Carapaz, Wilco
Kelderman (Bora-hansgrohe) e Enric Mas (Movistar), a cinco minutos.
"Dia
difícil no 'escritório', mas ainda falta muito até Paris. Continuamos na
luta", escreveu Carapaz, agora sexto na geral, a
05.01 minutos.
Pogacar, que começou a oitava
etapa na quinta posição, 'herdou' a amarela de Mathieu van der Poel
(Alpecin-Fenix), depois de o holandês se afundar na segunda das três contagens
de primeira categoria dos 150,8 quilómetros entre Oyonnax e Le Grand-Bornand, e
perder mais de 20 minutos na meta para o esloveno.
"Hoje,
foi muito duro, o ritmo foi demasiado elevado. Cheguei à meta ao meu
ritmo", explicou o corredor de 26 anos.
Cumprido o sonho de vestir-se
de amarelo na estreia no Tour, em memória do seu avô, o lendário 'eterno
segundo' Raymond Poulidor, Van der Poel vai agora ponderar durante o dia de
descanso, agendado para segunda-feira, a sua continuidade na prova, uma vez que
o seu grande objetivo para esta temporada é o ouro olímpico no cross-country
olímpico (XCO) em Tóquio2020.
"Desfrutei
desta camisola amarela, incluindo hoje. Nunca pensei que conseguiria defendê-la
durante tanto tempo", disse 'MVDP', que chegou à
liderança da geral no domingo passado, graças à vitória no Muro de Bretanha.
Fonte: Record on-line
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