Iuri Leitão, os irmãos Ivo e Rui Oliveira, e Maria Martins regressaram hoje a Portugal, trazendo na bagagem dois títulos europeus
Foto: Federação
Portuguesa de Ciclismo
Os quatro ciclistas portugueses que participaram nos campeonatos da Europa
de pista, na Bulgária, nos quais conseguiram um total de sete medalhas,
consideraram que a prestação da seleção nacional foi "inesquecível e
histórica".
Iuri Leitão, os irmãos Ivo e Rui Oliveira, e Maria Martins regressaram hoje
a Portugal, trazendo na bagagem dois títulos europeus e um sentimento de
"orgulho" por conseguir este inédito êxito, num ano tão atípico para
o desporto, devido à pandemia de covid-19.
"Têm sido dias inesquecíveis. Parti para este campeonato para fazer o
melhor possível, e sair com três medalhas é muito gratificante e
compensador", disse Iuri Leitão, o mais laureado da comitiva, com os
títulos de campeão europeu de ‘scratch', vice-campeão de eliminação e terceiro
classificado na vertente ‘omnium'.
O corredor natural de Viana do Castelo falou "num sonho tornado
realidade", e, mesmo confessando que nunca pensou "sair deste Europeu
com três medalhadas", espera que o resultado "possa abrir portas para
conseguir mais êxitos", depois de em 2020 ter representado a formação
espanhola Supermercados Froiz, na vertente de estrada.
"Ainda não tenho equipa para o próximo ano. Já tive alguns contactos,
mas vou esperar mais algum tempo e ver o que é melhor para mim, para poder
conciliar a vertente de pista com a estrada, e que financeiramente me permita
fazer uma boa preparação", partilhou Iuri Leitão.
Já Ivo Oliveira, que compete ao mais alto nível na UAE Emirates e esteve
recentemente na Volta a Espanha, considerou que os resultados obtidos pela
comitiva lusa nestes campeonatos da Europa provam que Portugal está "a
atravessar um bom momento de forma no ciclismo".
"Mesmo com uma comitiva pequena, fomos das seleções mais medalhadas e
conseguimos fazer um feito histórico. Creio que dificilmente poderia ter
corrido melhor. Provámos que o ciclismo português tem muita qualidade”, disse o
jovem natural Vila Nova de Gaia, que conquistou a medalha de ouro em
perseguição individual e, em parceria com o gémeo, Rui Oliveira, arrebatou a de
prata em ‘madison'.
Rui Oliveira, que também esteve na Volta a Espanha, confessou que não
conseguiu recuperar tão bem fisicamente como o seu irmão, e, por isso,
considerou que a medalha de prata conquistada "soube a ouro".
"Toda a equipa acreditou em mim e o meu irmão deu-me apoio necessário
durante a prova. Mostrámos que o ciclismo português está em alta, também com a
prestação de outros corredores ao longo do ano, com o João Matias ou o Rúben
Guerreiro, e que continuamos a fazer história, merecendo o apoio de mais
empresas a esta modalidade", disse o ciclista, que também compete, na
vertente de estrada, na UEA Emirates.
Quanto a Maria Martins, que devido a pandemia de covid-19 não teve qualquer
prova de estrada este ano, considerou que a medalha de bronze conquistada na
vertente de eliminação, "tem um sabor ainda mais especial depois de meses
tão difíceis".
"Foi um ano complicado e um desafio constante, por isso este sucesso
da equipa é muito positivo e com um sabor especial. Foi muito bom partilhá-lo
com toda esta equipa fantástica", disse a jovem, natural de Santarém.
Deste grupo, Maria Martins será a única que vai ocupar uma das três vagas
da modalidade garantidas por Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020,
adiados para 2021, apontando que esse é o objetivo máximo na preparação dos
próximos meses.
"Quero
apresentar-me na melhor forma e espero orgulhar a nosso país e levar a nossa
bandeira ao lugar mais alto possível", partilhou a ciclista.
Fonte: Sapo on-line
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