O
português Rui Oliveira foi hoje o 16.º classificado na prova de fundo para
elite do Campeonato da Europa de Estrada, que hoje se realizou em Alkmaar,
Holanda, com vitória do italiano Elia Viviani.
Os
primeiros 46,2 quilómetros, disputados fora do perímetro urbano de Alkmaar,
foram determinantes para o desenrolar da corrida. Esta parte do traçado, em
zonas ainda mais expostas ao forte vento do que o centro da cidade, tornaram a
prova mais dura e fizeram mossa.
Logo
ao quilómetro seis, uma queda coletiva partiu o pelotão em vários grupos, com
muitos corredores a não conseguirem reencontrar a frente da corrida. Rui
Oliveira chegou a rodar no segundo grupo, mas logrou voltar ao pelotão principal.
Menos
sorte teve César Martingil. O corredor português, vítima de furo, atrasou-se
bastante, mas ainda conseguiu chegar ao segundo grupo. Só que o esforço
empreendido para a recolagem passou fatura e o ribatejano acabaria por
descolar, não terminando a prova.
A 65
quilómetros do final, quando a corrida parecia estabilizada, a Itália acelerou
na cabeça do pelotão e, aproveitando o vento, provocou uma “bordure” que deixou
13 corredores na frente. Entre eles estavam Elia Viviani e Matteo Trenti, mais
dois compatriotas, e Pascal Ackermann, acolitado por outros dois alemães. O
pelotão não reagiu de imediato e, quando a Holanda e a Noruega encetaram uma
perseguição mais efetiva, a diferença já ultrapassava os 30 segundos, difíceis
de recuperar, num circuito com as caraterísticas deste.
A 25
quilómetros da meta, houve uma cisão entre os fugitivos, restando Elia Viviani,
Pascal Ackermann e Yves Lampaert em cabeça de corrida. A diferença para o
pelotão cresceu para mais de 50 segundos e ficou claro que as medalhas estavam
entregues.
A
3,5 quilómetros do final, Yves Lampaert atacou e só Elia Viviani teve
capacidade de resposta. O belga levou o italiano sempre na roda até à meta,
onde o sprinter transalpino se impôs, com um segundo de vantagem sobre o colega
de equipa na Deceuninck-Quick Step. Pascal Ackermann foi terceiro, a 8
segundos. O vencedor fez uma média de 46,9 km/h.
O
pelotão gastou mais 33 segundos do que o vencedor. Nesse grupo chegou Rui
Oliveira, na 16.ª posição, no culminar de uma prova de grande tenacidade e
espírito de sacrifício, lutando desde o princípio até ao final pela melhor
posição no grupo, sem ajuda de qualquer elemento na colocação.
“Dei
tudo o que tinha, numa corrida muito difícil, pois foi necessário lutar toda a
prova pela colocação. Estou satisfeito com o meu desempenho e com o resultado,
porque sem colegas de equipa para ajudar, tenho noção de que não era possível
fazer melhor, num pelotão desta qualidade”, afirma co corredor.
Fonte:
FPC
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