Por:
José Carlos Gomes
O
Campeonato Nacional de Estrada para elite e sub-23, que vai realizar-se entre
28 e 30 de junho, foi hoje apresentado em Melgaço, concelho que recebe a
competição. O secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo,
esteve presente na cerimónia desta manhã.
Durante
três dias, Melgaço acolhe os cerca de 200 participantes esperados, as
respetivas equipas técnicas e os amantes da modalidade, numa iniciativa que vai
dinamizar a economia local e proporcionar um espectáculo de elevada qualidade,
oferecido pelos melhores ciclistas portugueses.
O
programa arranca com a disputa dos títulos de contrarrelógio, ao início da
tarde de sexta-feira, dia 28. Ao meio-dia inicia-se o contrarrelógio de elite
feminina, seguindo-se a prova individual de sub-23 masculinos. As duas corridas
serão feitas num traçado de 24,6 quilómetros. Pouco depois das 13h30 sai para a
estrada o primeiro corredor masculino de elite. A prova desta categoria terá
32,3 quilómetros. Todos os contrarrelógios vão ligar o Centro de Estágios de
Melgaço à Câmara Municipal.
Sábado,
29 de junho, é o dia escolhido para as primeiras provas de fundo. Às 10h00 será
dado o tiro de partida para a corrida feminina. As corredoras de elite irão
percorrer 88,6 quilómetros, terminando à quarta passagem pela meta, mais uma
volta do que as juniores que vão pedalar durante 66,1 quilómetros e mais duas
do que as cadetes e as masters que terão de enfrentar 43,6 mil metros. Os
sub-23 masculinos também lutam pelo título de fundo no sábado, a partir das
14h30. O percurso dos jovens corredores terá um total de 144,4 quilómetros.
Estas duas provas começam e terminam na Câmara Municipal de Melgaço.
A
corrida mais esperada é a prova de fundo para elite, marcada para as 11h00 de
domingo, 30 de junho. A partida será em Castro Laboreiro e a chegada na Câmara
de Melgaço, à oitava passagem pela meta, depois de percorridos 181 quilómetros.
As
provas de fundo vão desenrolar-se num circuito exigente, rompe-pernas, com
pouco terreno verdadeiramente plano. A meta está instalada no topo de uma rampa
de um quilómetro com inclinação média de 8,5 por cento, destacando-se os 500
metros finais, em empedrado, e com uma pendente de 11 por cento.
A
prova de elite e a de sub-23 guardam um ingrediente especial. Uma subida de 3
quilómetros com inclinação média de 4 por cento, que será apenas transposta na
última volta, apimentando ainda mais a discussão pelas camisolas de campeão
nacional.
A opinião dos protagonistas
“Os
Campeonatos Nacionais são o objetivo de qualquer atleta. Poder vestir a
bandeira portuguesa ao peito durante toda uma época é um orgulho enorme. No meu
caso, a correr no estrangeiro, as equipas dão imenso valor a um campeão
nacional e acaba por dar também mais alguma visibilidade ao ciclismo feminino
português. A corrida de fundo antevê-se realmente dura, pelo percurso e pelo
calor que costuma estar nesta altura do ano. O contrarrelógio parece me mais
acessível do que no ano passado, mas não deixa de ser bastante duro para o que
o pelotão feminino está habituado”.
Daniela
Reis, campeã nacional de fundo e de contrarrelógio de elite em 2018
“Acredito
que será uma corrida dura e bem disputada. O nível no Nacional é sempre muito
alto. A corrida é sempre muito aberta e o fator sorte/oportunidade é muito
importante. Estar no sítio certo a hora certa é meio caminho andado para a
vitória. Lutar pela vitória é algo muito importante para mim, uma vez que
significa representar o nosso país e a nossa bandeira lá fora, dando
visibilidade às cores nacionais”.
João
Almeida, vice-campeão nacional de fundo e de contrarrelógio de sub-23 em 2018
Fonte:
FPC
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