Por:
Lusa
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A
ciclista Daniela Reis, representante portuguesa no circuito mundial WorldTour,
destacou esta quinta-feira à agência Lusa "algumas coisas boas" da
temporada 2018, ainda que vários azares, como um braço partido, tenham
condicionado a época.
"Tinha
expetativas muito altas para esta época. Não posso dizer que seja má, até
porque arranquei bem, nas clássicas, em que estive a trabalhar para as minhas
colegas, melhorei bastante em relação ao ano passado e senti-me muito bem
fisicamente", começou por dizer a corredora da Doltcini Van Eyck Sport, de
25 anos.
Em
fevereiro, iniciou o ano na Semana Ciclista Valenciana, com um 22.º lugar,
seguindo-se um 26.º posto no Troféu Alfredo Binda e um 29.º na clássica Volta a
Flandres, um "momento especial", entre outros resultados.
Depois
do bom arranque, uma infeção respiratória levou a três desistências em
clássicas de primavera, com a recuperação marcada para a China.
Aí,
e depois de um 25.º lugar final na Volta à Ilha de Chongming, um problema
dentário afetou a participação em Zhoushan, antes de um 27.º na Panorama
Ghizhou, de uma semana.
"Recuperei,
apontei para os Nacionais de estrada e estava em forma, a andar como nunca
tinha andado antes. Cheguei muito bem preparada", explicou a atleta, que
venceu no contrarrelógio e na prova de fundo.
Depois
de ter estado ausente em 2017, Reis recuperou os dois títulos, que já tinha
'dominado' em 2015 e 2016, e a isso seguiu-se nova boa prestação, nos Jogos do
Mediterrâneo, na cidade espanhola de Tarragona, nos quais foi quarta
classificada.
Daí
para a frente, um braço partido mandou "por água abaixo" o melhor
momento de forma do ano, que terminou no Madrid Challenge, organizado pela
Volta a Espanha, com um 45.º lugar final.
"Tive
alguns bons resultados, a época foi salva em parte por eles. Entre os azares,
consegui algumas coisas boas, mas esperava bem melhor", comentou.
Ainda
assim, sente que cumpriu "com o que foi pedido" pela equipa,
"enquanto houve saúde", e nos momentos menos bons sentiu "o
apoio a 100%" da formação belga.
Para
o próximo ano, vai "continuar no pelotão principal" do ciclismo
mundial, continuando num meio que "tem evoluído imenso", com
"cada vez mais equipas, como a Movistar ou a Sunweb, a fazerem formações
femininas que têm acesso à estrutura dos masculinos".
Daniela
Reis, que nos meses de pré-época acumula a preparação para o novo ano com outro
trabalho, confessou ter "pensado em deixar o ciclismo" nos piores
momentos de 2018, pelos "meses de sofrimento" gorados pelas lesões,
mas pretende continuar, motivada por continuar a evoluir no patamar cimeiro da
modalidade.
Sobre
o ciclismo português, este "já teve mais evolução" noutros anos,
ainda que destaque o sentimento "super especial" de correr, em provas
internacionais e na seleção, ao lado de Soraia Silva ou Maria Martins, ambas ao
serviço da espanhola Sopela Women's Team.
Fonte:
Record on-line
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