A
chegada da Volta a Portugal à cidade de Albufeira, em 2 de agosto, no pico do
verão no Algarve, vai ser "um enorme desafio" do ponto de vista logístico,
admitiu esta quarta-feira o diretor da prova.
"Vai
ser um enorme desafio do ponto de vista logístico e da segurança. Teremos a GNR
e as equipas da autarquia diretamente ligadas a esta sensível logística. Temos
todas as condições para que a chegada a Albufeira recupere, de forma
fantástica, o Algarve para a Volta a Portugal", disse Joaquim Gomes.
O
diretor da prova falava à margem da apresentação da primeira etapa da
competição, realizada numa unidade hoteleira de Albufeira.
A
etapa, que se realiza no dia seguinte ao prólogo de Setúbal, arrancará em
Alcácer do Sal e percorrerá o Alentejo em direção ao Algarve, num percurso de
191,8 quilómetros, com meta instalada no 'coração' de Albufeira, na avenida dos
Descobrimentos.
Em
relação ao alojamento, em virtude das dificuldades sentidas para albergar no
Algarve as 2500 pessoas que a Volta a Portugal arrasta, direta e indiretamente,
apenas os funcionários da organização que asseguram a montagem das estruturas
vão pernoitar na região, na noite anterior.
"A
maioria das pessoas da caravana vai pernoitar no eixo entre Albufeira e o local
da partida no dia seguinte, Beja", salientou o diretor da prova.
Quanto
ao trânsito, as principais dificuldades serão sentidas dentro da cidade de
Albufeira, mas a organização vai evitar a passagem dos corredores pelas vias
mais preocupantes, nomeadamente a EN125.
"A
solução encontrada não vai, de forma alguma, interferir com a EN125 e outras
vias sensíveis. Vai existir condicionamento de trânsito na cidade, mas se
Londres fechou metade da cidade para receber a Volta a França, acredito que
aqui vamos encontrar soluções interessantes para receber um dos mais populares
eventos do desporto nacional", garantiu Joaquim Gomes.
A
região algarvia esteve dez anos sem receber etapas da Volta a Portugal - em
2008, Portimão foi cenário do prólogo e da partida da primeira etapa -, uma
ausência que o diretor da prova considerou "manifestamente longa".
A
ligação histórica do Algarve ao ciclismo - presente na Volta a Portugal desde a
primeira edição, em 1927 - e os apelos dos adeptos da modalidade, "que
insistentemente apontavam o dedo à organização", abriram caminho para o
retorno da prova, admitiu Joaquim Gomes.
"Com
algum esforço e grande disponibilidade das autarquias, encontrámos uma solução
muito interessante, que faz com que a Volta de 2018 seja, dos últimos anos,
aquela com a maior mancha de cobertura no território nacional", concluiu.
O
presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, manifestou-se
igualmente satisfeito por poder ser cumprido "o desiderato de uma
verdadeira Volta a Portugal", sublinhando que a organização vai responder
às dificuldades logísticas para "garantir um enorme sucesso".
O
autarca albufeirense pediu a outras autarquias algarvias "que se cheguem à
frente" no próximo ano, para que este regresso da Volta à região "não
seja uma situação episódica".
A
80.ª edição da Volta a Portugal vai decorrer entre 1 e 12 de agosto, com
arranque em Setúbal e final em Fafe.
Fonte:
Record on-line
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