Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O Strava, aplicativo de
monitorização e registo de atividades físicas, processou a Garmin, fabricante
de dispositivos desportivos que obteve 1,81 biliões de dólares de lucro no
segundo trimestre de 2025. A plataforma de fitness acusa a empresa de violação
de patentes e quebra de contrato firmado em 2015, que permitia a integração do
Strava Live Segments nos dispositivos Garmin.
O processo foi registado em 30
de setembro de 2025, no Tribunal Distrital do Colorado, nos Estados Unidos, e
tenta impedir a comercialização de modelos da Garmin que, segundo o Strava,
teriam utilizado tecnologias sem autorização. As funcionalidades em disputa
envolvem a comparação de tempos de desempenho em percursos, a exibição de mapas
de calor e a indicação de zonas de maior atividade física, recursos que
actualmente, competem directamente entre as duas empresas.
Além disso, o Strava alega que
a Garmin se aproveitou da parceria para estudar a tecnologia Segments e
reproduziu-a nos seus próprios aparelhos.
O impacto
nos dispositivos e plataformas
Caso o Tribunal decida a favor
do Strava, plataformas como o Garmin Connect e dispositivos como os relógios
Epix, Fenix e Forerunner podem sofrer fortes impactos e até mesmo serem
retirados das lojas físicas e online.
"A Garmin recebeu uma
permissão limitada do Strava para implementar os Segmentos Strava nos seus
dispositivos. No entanto, aproveitou-se desse acesso para estudar
cuidadosamente esses recursos, copiá-los meticulosamente e em seguida,
lançá-los como recursos da Garmin", afirmou Brian Bell, porta-voz do
Strava, ao The Verge.
Bell ressaltou que o Strava,
que conta com mais de 150 milhões de usuários globais, não tem a intenção de
prejudicar os consumidores da Garmin na sincronização de dados entre as
plataformas, esperando que a empresa possa agir da mesma maneira.
Repercussão
nas redes sociais
O processo entre as duas
gigantes do fitness gerou um grande burburinho nas redes sociais, onde vários
atletas expressam preocupação sobre o impasse que se está a gerar e como o
mesmo poderá afetar a experiência de quem usa as duas plataformas integradas.
“Viste as notícias? A mãe e o
pai estão zangados. E com mãe e pai, quero dizer Strava e Garmin. [...] Estou
aqui com meu relógio de 1.000 euros e a minha app de 50 euros e estou a pensar
que deveríamos fazer uma reunião de família para todos se darem bem de novo”,
escreveu Andy Glaze, in influencer cujo vídeo já ultrapassou 1 milhão de
visualizações.
A disputa legal ocorre nas
vésperas de grandes corridas internacionais, como a Maratona de Nova York, em
novembro, e as Corridas de São Silvestre, em dezembro. Com a possível ruptura
entre as duas empresas, os atletas podem começar a procurar outras alternativas
para garantir o registo preciso de treinos e provas.
Pode visualizar este artigo
em: https://ciclismoatual.com/outros/strava-processa-garmin-por-violacao-de-patentes-e-coloca-integracao-entre-plataformas-em-risco
Sem comentários:
Enviar um comentário