Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Tadej Pogacar regressa este
domingo à Volta à Flandres com um objetivo claro: conquistar a sua segunda
vitória no Monumento belga. No entanto, à medida que o pelotão aquece para a
Ronde, o nome do esloveno começa também a agitar o ambiente em torno da Paris-Roubaix,
onde fará a tão aguardada estreia. Em conferência de imprensa promovida pela
UAE Team Emirates – XRG, o Campeão do Mundo abordou os temas quentes da semana
- da táctica para a Flandres ao fascínio pelo “Inferno do Norte”.
“Estou aqui para ganhar. A
Flandres é uma corrida completamente diferente da Milan-Sanremo, muito mais
dura. Os paralelos favorecem o Mathieu, claro, mas não é o único rival a ter em
conta”, afirmou Pogacar ao Het Nieuwsblad. “O Mathieu é um dos melhores
sprinters do mundo, por isso a ideia será clara: evitar que a corrida termine
ao sprint.”
Pogacar deverá assim voltar a
aplicar a táctica que o levou à vitória em 2023 - endurecer a corrida nas
subidas empedradas, atacar cedo e isolar-se antes da fase final. Após perder o
sprint em Sanremo, não há margem para erros: “A corrida tem de ser difícil,
senão a diferença entre nós torna-se maior.”
Apesar da rivalidade em
crescendo, Pogacar sublinha o respeito que tem por Van der Poel e reconhece
que, por vezes, trabalhar em conjunto é a melhor forma de anular ataques de
equipas rivais. “Gosto do estilo de corrida do Mathieu e da força que ele tem.
Mas se pudesse escolher entre correr contra ele ou ficar em casa com a Urska...
preferia ficar em casa”, riu.
O esloveno também acompanhou
de perto a Dwars door Vlaanderen, onde viu a Team Visma | Lease a Bike aplicar
uma tática poderosa, mas desperdiçar uma vitória quase certa ao apostar num
sprint final com Wout van Aert, que acabaria batido por Neilson Powless. Mesmo
assim, Pogacar recusa subestimar o belga.
“A Visma cometeu um erro, é
verdade. Mas o Wout prefere corridas mais extensas, e a Flandres é um dos seus
grandes objetivos. Tenho a certeza de que estará bem no domingo”, afirmou.
Mas é impossível ignorar um
outro grande tema: a sua presença na Paris-Roubaix, algo que está a criar
entusiasmo no mundo do ciclismo. Esta semana, Pogacar voltou a França para
realizar um novo reconhecimento dos sectores de paralelos, tendo mesmo conquistado
KOMs em troços históricos como Mons-en-Pévèle e Carrefour de l’Arbre, deixando
uma clara mensagem para os rivais.
“Fiz um bom reconhecimento e
estou ansioso. A Roubaix é o grande objetivo? Ainda não posso dizer isso. Quero
experimentá-la primeiro e ver como me sinto. Mas estou optimista quanto a fazer
uma boa corrida.”
Sobre os riscos da prova,
especialmente após a sua queda na Strade Bianche, Pogacar mostra-se
descontraído: “A primeira etapa ao sprint de uma Grande Volta ou a entrada na
Cipressa na Sanremo são mais perigosas do que a Roubaix. A decisão foi minha. É
uma das corridas mais importantes do calendário e eu queria fazê-la antes que
fosse tarde demais.”
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