terça-feira, 13 de agosto de 2024

“Iúri Leitão garante que não vai abrandar: «Não quero parecer ingrato, mas são só duas medalhas...»”


Ciclista português, que fez história nos Jogos Olímpicos, foi 'brindado' com um ambiente de enorme festa em Viana do Castelo Iúri Leitão: «Nunca pensei ver tantas pessoas à minha espera»

 

Por: Record

Depois da receção apoteótica no Aeroporto Francisco Sá Carneiro esta segunda-feira, Iúri Leitão, que conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos, foi até Viana do Castelo, a sua terra natal, onde, uma vez mais, foi 'brindado' com um ambiente de enorme festa e euforia. Em declarações aos jornalistas presentes no local, o ciclista português, ouro em madison, juntamente com Rui Oliveira, e prata em omnium, garantiu que não vai ficar deslumbrado e prometeu não parar por aqui.

"É um dia sem dúvida inesquecível. Depois daquilo que consegui fazer na semana passada, chegar a casa e ter esta receção é, sem dúvida, inesquecível. Um dia que nunca mais vou esquecer", começou por dizer.

 

Dá para esquecer entre a receção no aeroporto ou esta em Viana do Castelo?

"Como gosto de puxar a brasa à minha sardinha, Viana sempre acima de tudo. Mas um agradecimento enorme a todas as pessoas que tiraram o seu tempo para estarem no aeroporto".

 

Esperava uma receção destas?

"Nunca imaginei que pudesse ser desta dimensão. Agora que vejo estou completamente incrédulo".

 

O que muda na vida do Iúri Leitão a partir de agora?

"Não muda nada. Continuamos a fazer o mesmo trabalho de sempre. O meu trabalho é este, é o ciclismo. As competições não param e, portanto, o trabalho tem de ser constante".

 

A sua namorada dizia há pouco que o Iúri nem vai tirar tempo para descansar...

"A verdade é que estamos na parte mais importante da temporada e eu estou num momento de forma em que nunca estive, se não aproveitar agora o embalo vou estar a desperdiçar o trabalho feito até agora. É continuar e tentar entregar os melhores resultados que posso".

 

Não vai ficar deslumbrado?

"Não quero parecer ingrato, mas são só duas medalhas. Não deixam de ser duas competições nas quais concretizei o objetivo principal. Não nos podemos deslumbrar por isso".

 

Como é ganhar duas medalhas numa modalidade que não se pratica em Portugal?

"Isto é o que faço há muitos anos, trabalho para ser um dos melhores do mundo, tento trabalhar ao nível dos meus adversários. É uma honra enorme poder participar a pista com os melhores atletas. Mas ainda tenho de trabalhar muito, essas medalhas só chegam com essa dedicação".

 

Quando foi para Paris, passava-lhe pela cabeça que podia trazer alguma medalha?

"Não, isso nunca foi algo que esteve na minha cabeça. Fui sentindo os meus adversários consoante o que a prova ia dando. Nunca tinha estado presente numa prova deste nível. Quanto mais o omnium passava, mais sentia que podia estar na disputa pelas medalhas. No dia a seguir, tive uma perceção, agora visto de fora, que era talvez o ciclista mais forte em pista".

Fonte: Record on-line

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