Ciclista português, que fez história nos Jogos Olímpicos, foi 'brindado' com um ambiente de enorme festa em Viana do Castelo Iúri Leitão: «Nunca pensei ver tantas pessoas à minha espera»
Por: Record
Depois da receção apoteótica
no Aeroporto Francisco Sá Carneiro esta segunda-feira, Iúri Leitão, que
conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos, foi até Viana do Castelo, a sua
terra natal, onde, uma vez mais, foi 'brindado' com um ambiente de enorme festa
e euforia. Em declarações aos jornalistas presentes no local, o ciclista
português, ouro em madison, juntamente com Rui Oliveira, e prata em omnium,
garantiu que não vai ficar deslumbrado e prometeu não parar por aqui.
"É um dia sem dúvida
inesquecível. Depois daquilo que consegui fazer na semana passada, chegar a
casa e ter esta receção é, sem dúvida, inesquecível. Um dia que nunca mais vou
esquecer", começou por dizer.
Dá para esquecer entre a
receção no aeroporto ou esta em Viana do Castelo?
"Como gosto de puxar a
brasa à minha sardinha, Viana sempre acima de tudo. Mas um agradecimento enorme
a todas as pessoas que tiraram o seu tempo para estarem no aeroporto".
Esperava uma receção destas?
"Nunca imaginei que
pudesse ser desta dimensão. Agora que vejo estou completamente incrédulo".
O que muda na vida do Iúri
Leitão a partir de agora?
"Não muda nada.
Continuamos a fazer o mesmo trabalho de sempre. O meu trabalho é este, é o
ciclismo. As competições não param e, portanto, o trabalho tem de ser
constante".
A sua namorada dizia há pouco
que o Iúri nem vai tirar tempo para descansar...
"A verdade é que estamos
na parte mais importante da temporada e eu estou num momento de forma em que
nunca estive, se não aproveitar agora o embalo vou estar a desperdiçar o
trabalho feito até agora. É continuar e tentar entregar os melhores resultados
que posso".
Não vai ficar deslumbrado?
"Não quero parecer
ingrato, mas são só duas medalhas. Não deixam de ser duas competições nas quais
concretizei o objetivo principal. Não nos podemos deslumbrar por isso".
Como é ganhar duas medalhas
numa modalidade que não se pratica em Portugal?
"Isto é o que faço há
muitos anos, trabalho para ser um dos melhores do mundo, tento trabalhar ao
nível dos meus adversários. É uma honra enorme poder participar a pista com os
melhores atletas. Mas ainda tenho de trabalhar muito, essas medalhas só chegam
com essa dedicação".
Quando foi para Paris,
passava-lhe pela cabeça que podia trazer alguma medalha?
"Não, isso nunca foi algo
que esteve na minha cabeça. Fui sentindo os meus adversários consoante o que a
prova ia dando. Nunca tinha estado presente numa prova deste nível. Quanto mais
o omnium passava, mais sentia que podia estar na disputa pelas medalhas. No dia
a seguir, tive uma perceção, agora visto de fora, que era talvez o ciclista
mais forte em pista".
Fonte: Record on-line
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