Esloveno reconhece superioridade de Jonas Vingegaard e prevê rival para muitos anos
Por: Lusa
Foto: EPA
O ciclista esloveno Tadej
Pogacar, bicampeão destronado da Volta a França, reconheceu este sábado ter
cometido "pequenos erros" durante esta edição, mas prometeu regressar "faminto" para reeditar o duelo com Jonas Vingegaard, virtual vencedor
da 109.ª edição.
"Foram
três belas semanas. Foi uma grande luta com o Jonas, temos pelo menos dois
belos anos à nossa frente para a reeditarmos",
previu o jovem de 23 anos, que, no domingo, vai subir ao pódio como 'vice' do
dinamarquês da Jumbo-Visma.
Vencedor das últimas duas
edições, o mais jovem bicampeão da história da Grande Boucle confessou ter "aprendido muito" nesta edição. "Eu
e a minha equipa cometemos pequenos erros. E não faz mal, porque significa que
temos uma margem de progressão muito grande para o próximo ano e que podemos
melhorar em todos esses pequenos detalhes. Isso dá-me uma grande motivação, vou
regressar faminto nas próximas corridas e no próximo Tour. Adoro ter desafios
na vida e tenho um grande com o Jonas", declarou.
Pogi indicou que o maior erro
que cometeu foi na 11.ª etapa, que terminou no Col do Granon, onde Vingegaard
se impôs e lhe roubou a amarela, para não mais a devolver. "Nessa etapa, desgastei-me a responder a toda a
gente e o final tornou-se muito duro. Foi um erro da minha parte, mas terá
havido outros. Depois, estávamos a enfrentar uma equipa [Jumbo-Visma]
verdadeiramente muito forte, praticamente sem falhas. Eles fizeram a corrida
perfeita. Nós também tivemos azar com a covid-19, antes e durante o Tour.
Acabámos com quatro corredores, a metade da equipa",
evidenciou.
O esloveno perdeu quatro dos
seus companheiros durante a prova - George Bennett e Vegard Stake Laengen
devido à covid-19, Rafal Majka por lesão e Marc Soler por ter chegado fora de
controlo, numa etapa em que estava doente, depois de já ter ficado privado de
Matteo Trentin, infetado com o coronavírus e substituído por um fora de forma
Marc Hirschi antes do Grand Départ, que aconteceu em 1 de julho, em Copenhaga.
No entanto, Pogi não poupou os
elogios ao seu adversário, que definiu como "um
corredor sólido, que foi capaz de assumir o controlo da corrida na
montanha". "Eu
também estou mais maduro e continuarei a lutar para continuar a ganhar. Ainda
tenho uma camisola especial, a branca, que ganhei pelo terceiro ano consecutivo",
notou o vencedor da classificação da juventude.
O líder da UAE Emirates
prometeu não mudar a sua forma de correr, garantindo ter-se "divertido
muito" durante este Tour, no qual é segundo classificado, a 3.34
minutos de Vingegaard. "Ainda assim, foi
um bom Tour para mim, dei tudo e perdi para o mais forte este ano. Para os
espetadores, talvez nem tenha sido mau, porque eles adoram mudanças. Muitos
querem um vencedor diferente todos os anos", defendeu.
Fonte: Record on-line
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