Por: SIF // AMG
A seleção portuguesa de
ciclismo de pista leva quatro atletas aos Mundiais da modalidade em Roubaix,
França, que decorrem de quarta-feira a domingo, com os olhos postos em
continuar entre a elite mundial e na qualificação para Paris2024.
“É
extremamente importante termos um bom grau de pontuação, por um lado para não
perdermos a nossa qualificação para o próximo Mundial, [dado que] os pontos
neste campeonato são importantes para o próximo Campeonato do Mundo. Temos de
manter um bom grau de pontuação para não perdermos estas aspirações”,
explicou à Lusa o selecionador, Gabriel Mendes.
Maria Martins, que conseguiu a
única medalha nos Mundiais de 2020 com um bronze no scratch, junta-se a Iúri
Leitão, João Matias e Rui Oliveira nos Mundiais, com a atleta olímpica a
disputar omnium, eliminação, scratch e corrida por pontos. No masculino,
estarão em ação no omnium, madison, eliminação, perseguição individual e scratch.
Em Roubaix, um dos grandes ‘palcos’ do
ciclismo mundial, do ‘Inferno do Norte’ que é o Paris-Roubaix ao famoso velódromo,
Portugal terá um trio masculino e Maria Martins, sétima classificada no omnium
de Tóquio2020, na que foi a estreia olímpica do país na pista.
Já este mês, na cidade suíça
de Grenchen, Rui Oliveira sagrou-se campeão europeu de scratch e foi ao bronze
no madison, ao lado de Iúri Leitão, este ‘vice’ europeu nos pontos. João
Matias, por seu lado, foi segundo na eliminação.
Esse foi “um bom Campeonato da Europa”, avaliou
Gabriel Mendes, mesmo que não tenha corrido tão bem a ‘Tata’ Martins, sobretudo
devido a uma má corrida de eliminação que lhe prejudicou o concurso olímpico do
omnium.
Ainda assim, e já com a
seleção a fazer adaptação a uma pista em Roubaix que é “nova, com características diferentes”, de
“retas mais longas a curvas mais pequenas”,
o foco pode não estar nas medalhas, mas estará em bons resultados.
Ainda sem ter sido divulgado o
processo de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024, o que estará para
breve por parte da União Ciclista Internacional (UCI), certo é que pontuar será
fundamental, não só para ir amealhando pontos no ‘ranking’ da UCI como para
garantir a continuidade no Campeonato do Mundo.
“Nas
disciplinas olímpicas, se não obtivermos vaga no próximo Mundial, torna as
coisas mais difíceis, ficamos sempre dependentes de outros. Um dos aspetos
importantes neste Campeonato do Mundo é conseguir uma boa pontuação”,
acrescentou.
O técnico nacional assumiu
ainda a ambição de “trabalhar, nas
disciplinas olímpicas e nas outras, para estar nas primeiras 12 nações em
contexto mundial”.
“Se
estivermos dentro desse conjunto de nações, podemos considerar que estamos num
bom nível de pontuação”, afirmou.
Perante uma “competitividade
muito elevada” no campeonato das principais nações do desporto, falar de
medalhas, sobretudo nas provas não cronometradas, o grosso do que terá
portugueses em ação, é ‘adivinhar’
dentro de especialidades pouco previsíveis, pelo que a promessa é apenas de “trabalho árduo pelo melhor rendimento possível”.
‘Tata’ Martins
é a primeira em prova, na quarta-feira, no scratch, seguindo-se Rui Oliveira na
quinta-feira, na mesma disciplina, enquanto a olímpica corre a eliminação. Na
sexta-feira, ‘atira-se’ ao omnium, com Iúri Leitão e João Matias na perseguição
individual.
No sábado, Leitão corre o
omnium, com a prestação lusa em Roubaix a fechar no domingo com Martins nos
pontos e Rui Oliveira e Iúri Leitão a fazerem dupla no madison.
Programa
da seleção portuguesa nos Mundiais de pista:
-
Quarta-feira, 20 out:
Scratch feminino – Maria
Martins.
- Quinta-feira, 21 out:
Scratch masculino – Rui
Oliveira.
Eliminação feminino – Maria
Martins.
-
Sexta-feira, 22 out:
Omnium feminino – Maria
Martins.
Perseguição individual
masculina – Iúri Leitão e João Matias.
- Sábado,
23 out:
Omnium masculino – Iúri
Leitão.
-
Domingo, 24 out:
Corrida por pontos feminino –
Maria Martins.
Madison masculino – Rui
Oliveira e Iúri Leitão.
Fonte: Lusa
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